Dia D de vacinação contra a gripe é promovido neste final de semana

Pacientes aguardam momento da vacinação no Centro de Saúde “Aniz Boneder” (foto: Gabriel Guerra)

Com o objetivo de atingir uma população de 25,8 mil pessoas, Tatuí tem neste sábado, 12, o Dia D de vacinação contra a gripe. A meta da Secretaria de Estado da Saúde é de que 90% do público-alvo recebam a dose trivalente, que protege contra três tipos do Influenza.

Como não há imunizantes disponíveis para toda a população, o governo define alguns públicos mais suscetíveis à doença, que correm risco maior de sofrer complicações após a infecção inicial ou têm contato diário com várias pessoas e, assim, podem transmitir o vírus para muita gente.

Fazem parte desse grupo, que recebe gratuitamente a vacinação, as pessoas com 60 anos ou mais; portadores de doenças crônicas, como asma, diabetes e imunodeprimidos; crianças com idade a partir de seis meses e até cinco anos; profissionais de saúde; gestantes e puérperas (com até 45 dias após o parto).

Os cidadãos desse grupo podem receber as doses na Praça da Matriz, das 9h às 13h. Neste mesmo dia, os postos de saúde funcionam das 8h às 17h, com exceção das unidades da zona rural (Americana, Enxovia, Mirandas e Congonhal), que atendem até às 16h.

O Ministério da Saúde alerta para que as pessoas se vacinem dentro do prazo da campanha, para evitar gripe e seus possíveis agravamentos. É preciso que todos estejam devidamente protegidos antes de o inverno chegar, já que a vacina precisa de 15 dias para garantir a proteção.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Tatuí, Elis Diniz, conta que 7.795 doses já foram aplicadas na cidade, desde o dia 23 de abril, quando teve início a 20ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe.

As vacinas, para as crianças, deverão ser realizadas nos postos de saúde e não na Praça da Matriz, por lá não existir local adequado para a aplicação da fórmula, a qual, nos menores, é feita na perna.

A vacina contra a gripe é segura e reduz as complicações, que podem produzir casos graves da doença, internações e até óbitos.

Ela protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS (Organização Mundial da Saúde): (A/H1N1, A/H3N2 e influenza B). Neste ano, apenas a cepa do Influenza A (H1N1) não foi alterada.

O vírus Influenza é uma infecção viral aguda do sistema respiratório, de elevada transmissibilidade e distribuição global. A pessoa pode contraí-la várias vezes ao longo da vida e, em geral, tem evolução autolimitada. Porém, em alguns casos, pode evoluir para a forma grave.

A doença é transmitida facilmente por pessoas infectadas ao tossir ou espirrar. Existem três tipos de vírus: A, B e C. O tipo C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionada com epidemias.

Os vírus influenza A e B causam epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias. O vírus causa infecção aguda das vias aéreas, junto com estado febril. O quadro começa a ser revertido após dois ou três dias e volta ao normal em torno do sexto dia.

A febre, geralmente, é mais acentuada em crianças. Os demais sinais são os de aparecimento súbito, como calafrios, mal-estar, dor de cabeça, diarreia, vômito e fadiga.

Para evitar a contaminação, é indicado cobrir o nariz e a boca enquanto espirra ou tosse; evitar tocar a boca e o nariz; levar as mãos com água e sabão ou álcool gel 70%; melhorar a circulação dos ambientes, abrindo as janelas; evitar locais com grande aglomeração de pessoas e manter hábitos saudáveis.

Balanço da Secretaria de Estado da Saúde, de São Paulo, com base nos dados informados pelos municípios paulistas, mostra que São Paulo vacinou 2 milhões de pessoas nos primeiros sete dias de campanha contra a gripe, iniciada em 23 de abril.

A expectativa é de se vacinar, até 1º de junho, 10,7 milhões de paulistas contra o vírus Influenza, o que corresponde à meta de 90% da população-alvo definida para a campanha.

Desde quarta-feira, 9, a vacinação se estende para professores e pacientes com doenças crônicas, como asma, diabetes, doenças imunossupressoras e outras.

Até o dia 3 de abril, foi imunizado 1,5 milhão de idosos em todo o Estado (pessoas com idade acima de 60 anos), 266 mil trabalhadores de saúde e 2,3 mil indígenas, grupos que iniciaram a vacinação na etapa 1, em 23 de abril.

Desde a etapa 2, que teve início no dia 2 de maio, já foram vacinadas 83 mil crianças com idade maior que nove meses e menor que cinco anos, 32 mil gestantes e 8,7 mil puérperas.

“É importante lembrar que a vacinação continua para os grupos que tiveram a imunização iniciada nas etapas 1 e 2. Portanto, tanto esses grupos quanto os novos públicos podem e devem comparecer aos postos”, afirmou a coordenadora.

A vacina não provoca gripe em quem toma a dose, já que é composta apenas de fragmentos do vírus, que garantem a devida proteção, mas são incapazes de causar a doença.

 

Medicamento

O uso do antiviral Oseltamivir (Tamiflu) está indicado para os casos de síndrome respiratória aguda grave e os de síndrome gripal com condições e fatores de risco para complicações, de acordo com o Protocolo de Tratamento de Influenza 2015, do Ministério da Saúde.

No caso de pacientes com síndrome gripal, sem condições e fatores de risco para complicações, a prescrição do fosfato de Oseltamivir deve ser considerada por avaliação clínica. O tratamento deve ser realizado, preferencialmente, nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.

Todos os Estados estão abastecidos com o medicamento e devem disponibilizá-lo de forma estratégica nas unidades de saúde. Desde o início deste ano, foram enviados mais de 7,3 milhões de unidades do medicamento Oseltamivir aos Estados.

Cabe aos Estados, Distrito Federal e aos municípios a responsabilidade pelo armazenamento, distribuição e utilização do medicamento.