Detran sustenta que ‘não há atrasos nos emplacamentos’





O Detran (Departamento Estadual de Trânsito) de São Paulo divulgou nota apresentando contrapontos sobre reportagem publicada pelo jornal O Progresso no domingo, 24.

A nota, enviada pela assessoria de imprensa do órgão, sustenta não haver atrasos nos emplacamentos, “lista de espera” ou reclamações por conta de demora de cerca de 30 dias, conforme noticiado.

De acordo com o Detran, no município, as placas ficam prontas em até três dias úteis após a emissão do documento do veículo. O órgão informou, ainda, que registros de veículos zero quilômetro e transferências de veículos de outras localidades são feitos no prazo de até 24 horas. Entretanto, não citou se os emplacamentos são realizados dentro do mesmo prazo.

Também conforme o departamento, desde o dia 1o de agosto, o pedido da confecção da placa está automatizado. O processo é feito via sistema informatizado, logo após a emissão do documento do veículo.

No caso de segunda via de placas (por perda ou dano, por exemplo), o pedido é feito via ofício pela própria unidade do Detran. O prazo para confecção destes é o mesmo (até três dias úteis).

Na nota, o órgão cita que o emplacamento é feito de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h às 17h, na rua Pastor Júlio Sanguinette, 195, na Chácara Junqueira.

O departamento também alegou que o “homem preso em Tatuí pelo Gaeco não é servidor do Detran.SP, nem funcionário terceirizado do departamento”.

A reportagem, no entanto, citou que o homem prestaria serviços terceirizados para a 109ª Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito).

A informação foi divulgada pelo promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Campinas, André Luiz Brandão.

No dia 21 de julho, o grupo do Ministério Público realizou operação em cidades de três regiões do Estado: Campinas, Piracicaba e Sorocaba. Em Tatuí, três pessoas foram detidas a partir de mandados de prisão.

Conforme o Detran, o homem “trabalhava em outra empresa (Boa Vista) que não prestava serviços de emplacamento ao Detran.SP”. O órgão também salientou que a prisão dele “não interferiu no serviço de emplacamento na cidade”.

Atualmente, o serviço está a cargo da empresa terceirizada Iznel, que atende desde 1o de agosto, “após contratação via licitação”.

No comunicado, o Detran afirma que, até o dia 31 de julho, o emplacamento era realizado pela Center System. Conforme o órgão, até aquela data, a mesma empresa também prestava o serviço em Boituva, “onde um funcionário da empresa foi preso”. “Da mesma forma, essa prisão não afetou o serviço em Boituva (hoje também feito pela Iznel, com o mesmo prazo de Tatuí)”.

A informação contrasta com dados repassados à reportagem por concessionária, despachantes e funcionários da empresa responsável pelo emplacamento, na metade deste mês.

Na ocasião, uma lista com nomes e números de placas encomendadas e não entregues aos proprietários de veículos foi apresentada à reportagem.

Por fim, o departamento sustentou que a mudança da empresa de emplacamento na região “não teve qualquer relação com a operação do Gaeco”.

Conforme o órgão, ela aconteceu por conta de uma “reestruturação da prestação do serviço em todo o Estado”. Desde então, o serviço “passou a ser feito com novos lacres (amarelos e com número de série único) e placas (com código de barras) rastreáveis para dar mais segurança à identificação do veículo”.