‘De virada’, XI leva tí­tulo da Copa Rádio

 

As equipes que disputaram a última partida da edição 2016 da Copa Rádio Notícias de Futebol Máster “repetiram” a fórmula das duas finais anteriores. No jogo valendo o troféu da categoria superveteraníssima, integrantes do XI de Agosto e do Clube de Campo levaram a decisão para a cobrança de penalidades máximas.

O jogo iniciado às 10h (meia hora mais tarde que o previsto) também encerrou a “temporada de homenagens” realizada pela organização da disputa. O torneio mais longevo do município cedeu prêmios para duas personalidades ligadas ao esporte. Também entregou o troféu de corneta para Marlon, Vadô e Fran.

Receberam honrarias José Darci de Paula e Geraldo Machado Antunes. Elas foram entregues pelo diretor-presidente da Central de Rádio, Luiz Gonzaga Vieira de Camargo, e pela prefeita eleita Maria José Vieira de Camargo.

Os dois estiveram acompanhados do vereador Márcio Antonio de Camargo e dos parlamentares eleitos para a próxima legislatura, Alexandre Grandino Teles, Alexandre de Jesus Bossolan. Eles também participaram da premiação da equipe campeã e vice-campeã, incluindo entrega de troféus e de medalhas.

“A competição é, na verdade, um encontro de família e de antigos esportistas, até pela idade dos participantes”, resumiu o diretor-presidente da Central de Rádio. A Copa Rádio, como é mais conhecido o torneio, é voltado para atletas com mais de 35 anos. Por reunir um pessoal “mais maduro”, Gonzaga afirmou que o evento também tem uma característica peculiar: é familiar.

“Já se tornou tradição, apesar dos problemas que tivemos nesses quatro anos quando fizeram de tudo para que a copa não se realizasse. Nós superamos isso, porque os clubes entenderam o evento era superior a tudo”, adicionou.

Com jogos realizados aos domingos, pela manhã, a Copa Rádio também incluiu em sua programação ação de caráter social. Há anos, os jogadores de equipes que cometerem faltas ou não respeitarem o regulamento são punidos com doação de alimentos. Os produtos arrecadados com “as multas” são encaminhados para entidades assistenciais do município após a conclusão dos jogos.

“Nós percebemos que, depois desta iniciativa, houve um aumento na disciplina. É raro termos lances mais violentos e brigas. Esta ação também ajudou a competição a se tornar um ambiente mais agradável para todo mundo”, opinou.

Presente pelo primeiro ano na cerimônia, a prefeita eleita disse que o esporte é um dos meios para incentivo ao desenvolvimento e à prática de cidadania para os munícipes. Maria José também se comprometeu a continuar incentivando ações como o torneio, por entender que eles estimulam o respeito, o comprometimento e, acima de tudo, o espírito esportivo.

A última rodada da 16a edição contou com participações especiais. Uma delas, a do cantor Neyton Domingues, o Xonado. Ele “deu uma palhinha” para o público. Outra personalidade presente na finalíssima é o advogado Simeão José Sobral. O cerimonial incluiu a execução do Hino Nacional antes da partida.

Em campo, o XI de Agosto e o Clube de Campo brigaram quase que de maneira desigual. Mesmo tendo equipe considerada “mais favorita”, os agostinos tiveram dificuldades para se aproximar da trave adversária. Tanto que começaram a partida perdendo. O time visitante sofreu o primeiro tento no final do segundo tempo.

O camisa 10, Ivo, inaugurou o placar “no melhor estilo jogada ensaiada”. “O gol é um pouco de oportunidade e de conseguir fazer a leitura do jogo. Eu percebi que a defesa do XI estava marcando no segundo ‘pau’. Então, esperei a bola partir, dei três passos para frente e consegui cabecear sozinho”, contou.

A jogada praticamente encerrou o primeiro tempo, deixando os donos da casa na vantagem. Por considerar os agostinos um time qualificado, Ivo disse que o Clube de Campo tentaria apresentar um “novo fator surpresa” para o segundo tempo.

“Nossa proposta é esperar um pouco e ver como eles vão se comportar em campo. Se vierem mais fortes, vamos ter que arrumar a casa, primeiro”, declarou.

Entre um lance e outro, o XI conseguiu apertar mais. Também registrou o maior número de tentativas de “cavar faltas”. Patão quase se tornou o “recordista” de quedas. Num dos lances, o camisa 8 sofreu falta na pequena área. Conseguiu cobrar o primeiro e único pênalti da partida no tempo regulamentar.

“A arbitragem estava dando muita falta, parando o jogo, e nós perdendo porque não havia ‘corrida’. Eu sofri um monte em campo e só agora, no finalzinho, que houve cartão amarelo para o atleta que me derrubou”, reclamou Patão.

Faltando um minuto para o fim do jogo, o camisa 8 conseguiu igualar o placar para o XI de Agosto. “Quase que eu errei. O goleiro adivinhou o canto que chutei. A minha sorte é que bati forte e a bola acabou entrando”, descreveu.

O empate levou a partida para a disputa dos pênaltis. Nas cobranças alternadas (um total de três), o XI de Agosto se deu melhor. A equipe agostina marcou com Chipula e Patão. O Clube desperdiçou com Ivo e Mateus Poles.

Este último não conseguiu furar a defesa do goleiro Nei, que se tornou o herói da partida. Com o resultado fechado em 2 a 0, o XI de Agosto conquistou o troféu de campeão da superveternaíssima, celebrando o título junto da torcida.