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Nova coleta de sangue teve data alterada para novembro
Agendada para o dia 30 deste mês, a “Campanha de Doação de Sangue” em Tatuí teve data alterada. O Hemonúcleo Regional de Jaú mudou o dia da coleta para 1º de novembro. O reagendamento foi anunciado pela empresária Rita Corradi Azevedo, que coordena a ação no município. A campanha acontece em parceria com a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde.
Rita explicou que a mudança aconteceu a pedido do hemonúcleo. A entidade ligada ao HAC (Hospital “Amaral Carvalho”), de Jaú, é quem define o calendário das ações. O hemonúcleo envia, para os municípios parceiros, equipes que atuam na coleta e na separação das bolsas de sangue dos doadores.
A campanha reagendada é a terceira a ser realizada no ano em Tatuí e a 14ª desde que foi iniciada. Neste ano, o município abrigou primeira ação no dia 30 de janeiro. As coletas aconteceram na Fatec (Faculdade de Tecnologia) “Wilson Roberto Ribeiro de Camargo”, como parte integrante do “trote solidário”.
Em abril, a equipe do hemonúcleo voltou ao município. No dia 12 desse mês, a campanha aconteceu na sede da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude. As doações foram recebidas entre as 7h30 e 12h, mesmo horário da campanha agendada para o dia 1º de novembro. A coleta, entretanto, deve mudar de endereço: ser realizada no novo prédio do Cemem (Centro Municipal de Especialidades Médicas), que está prestes a ser inaugurado.
Segundo Rita, o evento em Tatuí é considerado essencial para o Hemonúcleo Regional de Jaú. Durante a campanha, o órgão consegue repor o estoque que está abaixo do ideal. “Eles estão com problemas seríssimos”, diagnosticou.
Conforme a coordenadora, o número de doações em Jaú caiu por conta de epidemia de dengue. A título de exemplo, 85 funcionários da Santa Casa desse município haviam sido diagnosticados com a doença, em abril deste ano. “Aumentou muito por causa do rio que passa no meio da cidade”, disse Rita.
Segundo ela, os doadores que costumavam se dirigir ao hemonúcleo pararam de ceder sangue por recomendação do próprio órgão. A restrição abrange pessoas que residem em Jaú e nos municípios localizados nos arredores.
“Então, deu uma reviravolta. Como eles (os funcionários do hemonúcleo) pararam de coletar, diminuiu o número de bolsas drasticamente”, constatou a empresária.
De modo a não ter os serviços prejudicados, Rita afirmou que o hemonúcleo está priorizando as campanhas “externas” – realizadas em outros municípios. O calendário das doações é definido juntamente com os parceiros.
“Quando chega janeiro, nós já vemos as datas para o ano todo. Acontece que imprevistos podem surgir e, daí, são feitos os reagendamentos”, disse a empresária.
Em geral, Rita ajuda a organizar duas coletas no município – fora as duas que passaram a ser promovidas na Fatec. Neste ano, em função da Copa do Mundo, a faculdade abrigou somente campanha no início do ano, tendo a de julho sido cancelada.
A coordenadora citou, também, que as campanhas na faculdade apresentam diferencial: acontecem durante a semana. Em função disso, elas tendem a ser “mais difícil” de serem realizadas, em termos de logística. Isso porque a Secretaria Municipal da Saúde tem de ceder funcionários e equipamentos, como maca.
“Não há macas em número suficiente disponíveis. Então, temos um certo problema”, comentou Rita. Entretanto, as ações na Fatec permanecem por conta do esforço empenhado pelos voluntários, colaboradores e direção da unidade.
Em Tatuí, as doações já foram realizadas em diversos locais. Além da Escola Estadual “Barão de Suruí”, abrigaram a iniciativa a Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) “Eugênio Santos” e a antiga Escola do Sesi. Os endereços mudam em função de exigências da Vigilância Sanitária.
Rita explicou que o órgão faz uma vistoria nos espaços antes de as coletas serem realizadas. Cada espaço deve seguir exigências comuns. Entre elas, ter piso frio, tomadas acessíveis (para uso dos equipamentos de coleta) e cozinha perto.
Por essas razões é que a empresária disse que não consegue levar a campanha para empresas, ou outros espaços. Pelo menos três locais não abrigarão doações neste ano por conta de problemas de logística e de adequações.
O Cemem é apontado por Rita como local ideal para a campanha. O novo prédio está situado na rua São Bento, esquina com a rua Professor Joaquim Teixeira. A expectativa é que ele possa estar operando até novembro, quando foi remarcada a coleta. O Executivo informou que o prédio será inaugurado este mês.
A campanha de novembro será a última do ano em Tatuí, cidade atendida pelo “Amaral Carvalho”. O hospital de Jaú é um dos dois que atendem pacientes com câncer em tratamento, encaminhados pela Secretaria de Saúde local.
Para fazer o tratamento, os pacientes viajam em lotações (geralmente em “vans”) disponibilizadas pela Litac (Liga Tatuiana de Apoio aos Cancerosos). Além de Jaú, os pacientes do município são encaminhados para Sorocaba. Parte deles vai a tratamento e, outra parte, para passar por cirurgias.
De acordo com Rita, alguns dos moradores de Tatuí encaminhados para cidades “de referência” (onde os atendimentos são oferecidos) necessitam de sangue. Por essa razão, ela entende que as campanhas promovidas na cidade são importantes. A iniciativa também já apoiou o Banco de Sangue “Fortunato Minghini”, vinculado à Santa Casa e mantido pelo Lions Clube de Tatuí.
Conforme a empresária, a última ajuda resultou no encaminhamento de 15 pessoas com sangue do tipo A negativo. “Conseguimos esse feito porque o cadastro da campanha é um dos mais atualizados e um dos mais organizados”, declarou.
Além de pesquisar os locais, verificar disponibilidade para receber a campanha e estabelecer a parceria com a Prefeitura, Rita fica responsável pela entrega das carteirinhas dos doadores. Quem colabora nas campanhas do hemonúcleo recebe uma identificação e fica registrado no banco de dados do órgão.
Os nomes e a tipagem sanguínea são acessados pela coordenadora toda vez que alguma entidade precisa de doadores. A mobilização dos colaboradores, no entanto, é feita por meio eletrônico, via página em rede social.
