Câmara de Tatuí devolve a LDO para Executivo corrigir detalhes

Lei deveria ter começado a ser discutida na sessão do dia 17

Sessão ficou interrompida por cerca de duas horas (Foto: Reprodução/Arquivo)
Da reportagem

A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que deveria começar a ser discutida pela Câmara Municipal de Tatuí na sessão ordinária de segunda-feira, 17, foi devolvida, a pedido do Poder Executivo, para que o corpo técnico da prefeitura realize “ajustes”.

A LDO será discutida em sessão extraordinária no próximo dia 24, às 17h. Com isso, os vereadores votaram 11 indicações, 203 requerimentos e 32 moções na sessão desta semana.
A LDO é elaborada anualmente e tem como objetivo apontar as prioridades do governo para o próximo ano. Ela orienta a elaboração do Orçamento do próximo ano, baseando-se no que foi estabelecido pelo PPA (Plano Plurianual). Ou seja, é um elo entre esses dois documentos.

Suspensão

Após a abertura oficial, às 19h, a sessão de segunda-feira, 17, foi suspensa por cerca de duas horas para que os vereadores recebessem a visita do secretário do Desenvolvimento Econômico do estado de São Paulo, Jorge Lima, que esteve na cidade para o evento “Inovação, Capacitação e Parcerias”, na Fatec.

Na sequência, os parlamentares procederam com os trabalhos. Jairo Martins (PSD) pediu o recapeamento asfáltico de “trecho problemático” da rua Capitão Lisboa, em frente à agência dos Correios, e troca de lâmpada LED queimada no Jardim Tokio.

José Eduardo Morais Perbelini (Republicanos) fez questionamentos sobre o fechamento de ruas de acesso à 11 de Agosto, na altura da avenida Professora Zilah de Aquino. “Caminhões têm trafegado pela avenida, causando danos à fiação elétrica”, argumentou.

Maurício Couto (PSDB) destacou requerimento, assinado em conjunto com Cintia Yamamoto Soares (PSDB) e João Éder Alves Miguel (MDB), sobre a informação de que, no segundo semestre, o deputado federal Vítor Lippi (PSDB) irá destinar emenda de R$ 1 milhão para a Saúde de Tatuí. “Pedimos ao prefeito a destinação dessa verba para diminuição de filas nas cirurgias de catarata e reversão de colostomia de pacientes ostomizados”, disse Couto.

Renan Cortez (MDB) destacou a iniciativa da deputada federal Simone Marquetto (MDB) que trouxe mais verbas para a iluminação pública de Tatuí (reportagem nessa edição).

Ele ainda parabenizou empreendedoras do setor de chocolates caseiros da cidade, por ocasião da Feira do Doce, encerrada no dia 9 de julho.

Márcio Antonio de Camargo (PSDB) pediu a demarcação de trânsito na rua Teófilo de Andrade Gama. “Tenho questionado vários pontos do Jardim Santa Rita, mas a prefeitura não tem dado atenção”, declarou Camargo.

João Éder foi à tribuna para encaminhar à prefeitura reclamações sobre a suposta falta de insulina em postos de saúde. Ele ainda pediu o asfaltamento da estrada vicinal entre Tatuí e Laranjal Paulista.

Leandro de Camargo Barros (Cidadania) abordou o tema “rotatórias”. “São necessárias mais campanhas educativas de como se portar diante desse mecanismo de trânsito”, disse. O parlamentar ainda felicitou a Guarda Civil Municipal (GCM) pela atuação em Tatuí.

Em seu pronunciamento, Michele Cristina Tosta Gibin Vaz (PP) reforçou as moções de congratulações a todos os envolvidos na nona Feira do Doce de Tatuí e na 12ª Conferência de Assistência Social por ela assinadas.

O vice-presidente da Casa, Antonio Marcos de Abreu (PSDB), cobrou os próprios vereadores. “Não adianta a gente vir aqui cobrar troca de lâmpadas se não damos condições de a prefeitura trabalhar”, declarou.

“Há um projeto na Câmara no qual o Executivo pede autorização para fazer um empréstimo de R$ 3,9 milhões com essa finalidade. Se não votarmos esse projeto de lei, a prefeitura vai ficar de mãos atadas. Tem muitos bairros precisando disso”, finalizou M Abreu.

Eduardo Dade Sallum (PT), presidente da Câmara, questionou os valores públicos repassados às entidades sociais (reportagem nessa edição). “A secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social infelizmente é subestimada na hora de distribuição de receitas. Há distorções no Orçamento”, afirmou.

“Precisamos priorizar, no Orçamento, gente que cuida de gente. Não podemos priorizar recursos para poda de árvore, para pintar faixa, para pintar guia, para fazer canteiro. Por que estamos aqui como políticos, se não for para brigar prioritariamente para os que ajudam quem precisa?”, questionou.