O atentado transmitido ao vivo pelo Facebook contra o pastor Gétero Augusto de Campos não é o primeiro ocorrido na Igreja O Brasil para Cristo. De acordo com o líder religioso, um episódio similar ocorreu na vila Angélica, há 30 anos.
“Já tivemos um caso na história da nossa igreja, no qual um pastor foi a um culto com uma faca para praticar um ato semelhante e acabou se convertendo”, contou.
Para Campos, a história protagonizada por Almiro Curitiba é mais um “testemunho real da intervenção de Deus”, como ocorrera com ele, no domingo, 5. Na ocasião, um jovem de 27 anos chegou a ser preso (reportagem nesta edição).
Na vila Angélica, Curitiba não consumou o ato com uma “peixeira” quando atacou o pastor, mas chegou perto. Ele contou à reportagem que tinha como propósito matar o pregador responsável pelo templo, atualmente, localizado na rua Isaltino Campos Vieira, 230.
“A minha mulher ia para a igreja quase todo o dia e eu não ia. Sentia muito ciúmes e, quando ela me convidou, eu aceite. Peguei um punhal para acabar com a vida do pastor”, relatou.
Quando chegou à igreja, o homem disse que se surpreendera. “Deus já tinha avisado ao pastor que eu iria lá para matá-lo”, contou. Mesmo estando bravo, Curitiba disse que não conseguiu reagir, depois que o pregador começou a orar.
“Eu estava com raiva, com ciúmes. Na época, era mais novo, tinha uns 23 anos. Quando cheguei, o pastor chamou-me para frente. Ele era um homem de Deus, e eu perdi a convicção de matá-lo. Fiquei tremendo e acabei aceitando Jesus”, revelou.
Passado o episódio, Curitiba começou a estar mais presente no templo. Com o tempo, tornou-se pastor da igreja onde pensara em cometer o atentado. Ele prega na igreja desde o ano de 1999 e enfatizou que tem convicção de que o episódio registrado na sede foi, “sem dúvida”, prova de manifestação divina.
“Se Deus não tivesse na vida do pastor Gétero Augusto de Campos, ele não tinha saído livre. Não é porque os auxiliares ajudaram-no, porque eu vi o vídeo. Aquilo lá foi a mão de Deus. A mesma que agiu na época do meu caso”, avaliou.
Para o pastor, tanto o fato de ele não ter avançado como o de Campos ter saído ileso “são provas irrefutáveis de que Deus existe e de que interfere na vida das pessoas”.