Até o começo da pandemia de Covid, turismo tinha crescido 46% em Tatuí

Estudo aponta geração de 1.131 empregos em 259 estabelecimentos locais

Secretário Cassiano Sinisgalli fala da retomada do turismo em Tatuí (foto: Diléa Silva)
Da reportagem

Até o surgimento da pandemia de Covid-19, o turismo havia atingido crescimento de 46% em Tatuí nos últimos anos. O número foi divulgado pelo secretário municipal do Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, Cassiano Sinisgalli, nesta terça-feira, 28, durante o 3º Encontro Municipal de Turismo (reportagem nesta edição).

De acordo com a pesquisa de demanda turística realizada pela pasta e apresentada por Sinisgalli, entre os anos de 2016 e 2017, o município recebeu 314,1 mil visitantes; já entre 2018 e 2019, após o município se tornar MIT (Município de Interesse Turístico), o número subiu para 458.732 visitantes.

O estudo, com dados atualizados até 2019 (antes do período da pandemia) foi feito por meio de entrevistas com hotéis, restaurantes, bares, lanchonetes, equipamentos culturais e turísticos do município.

Ainda de acordo com a pesquisa, atualmente, Tatuí tem 51 atrativos turísticos e 257 estabelecimentos cadastrados no “trade”. Juntos, eles geram mais de 1.100 empregos diretos na cidade.

“Até o ano de 2017, Tatuí não tinha recurso nenhum para o turismo. Nós tínhamos nossa dotação orçamentária e algumas verbas que vinham de deputados, mas precisávamos procurar recursos de fora, e aí entram recursos do MIT”, explicou Sinisgalli.

Tatuí foi reconhecida como município de interesse turístico em maio de 2017, quando o ex-governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, sancionou lei tornando MIT os primeiros 20 municípios paulistas.

Além de Tatuí, foram eles: Agudos, Barretos, Brodowski, Buritama, Espírito Santo do Pinhal, Guararema, Iacanga, Jundiaí, Martinópolis, Monte Alto, Pedreira, Piedade, Rifaina, Rubinéia, Sabino, Sales, Santa Isabel, Santo Antonio da Alegria e Tapiraí. Agora, a lista conta com 140 cidades.

A partir daí, Tatuí se tornou apta a receber recursos destinados aos MITs. De 2017 até este ano, R$ 1.698.77,52, foram recebidos pela cidade, por meio do Dadetur (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos).

No encontro, o secretário municipal lembrou que o primeiro ponto turístico revitalizado com recursos do MIT foi a praça Martinho Guedes, conhecida como Praça da Santa, com recursos de 2017.

Para a obra, entregue em dezembro de 2019, a municipalidade recebeu R$ 853.510,96, sendo R$ 371.143.95 conquistados em convênio com o Dadetur 2017 e R$ 482.367,01 referentes a repasse de 2018.

Ainda em 2018, o município recebeu outros R$ 110.2847, possibilitando a reforma de 34 placas de sinalização e orientação turística e a confecção e instalação de 15 novas, totalizando investimento de R$ 592.651,02 em recursos no ano.

No ano seguinte, o Dadetur disponibilizou outros R$ 373.874,11 ao município. O recurso oriundo do convênio de 2019 está sendo usado para a realização da primeira fase de obras do MIS (Museu da Imagem e do Som), com a ampliação do prédio do antigo matadouro, que já está sendo revitalizado para abrigar o equipamento de cultura.

Em 2020, o recurso foi contingenciado em virtude da pandemia. Já com o convênio de 2021, Tatuí receberá R$ 361.108,44, a serem aplicados na chamada “fase 2” de implantação do MIS.

Segundo Sinisgalli, o recurso deve contemplar o telhado do prédio, que está sendo restaurado, e equipamentos a serem utilizados no local. Todos os projetos passaram por análise do Comtur (Conselho Municipal de Turismo) e do COC (Conselho de Orientação e Controle).

“Algumas pessoas ainda nos perguntaram por que o município quer ser de interesse turístico e quais os benefícios para a cidade. Aí estão os números, e eles mostram o quanto o turismo tem crescido na cidade e os investimentos que não teríamos sem ser MIT”, argumentou o secretário.

A O Progresso, Sinisgalli reforçou haver tendência de crescimento no setor para os próximos meses. Segundo ele, com o avanço da vacinação, há uma grande confiança de que o turismo volte a crescer.

“Em virtude do fim do isolamento social, a tendência é que as pessoas tornem a realizar viagens e atividades de lazer e entretenimento. E estudos mostram que os destinos escolhidos serão os de curta distância. Então, deve ser um bom momento para fortalecer o turismo regional”, concluiu o secretário.