Tributo à Língua Portuguesa

Aqui, Ali, Acolá

José Ortiz Camargo Neto *

Pensamento do dia: É preciso amar a língua portuguesa, em que ouvimos nossas mães dizerem “meu filho” e nossos filhos dizerem: “meus pais”.

Caros amigos:

Assiste-se por aí, ao crescimento de uma ideia esdrúxula, de que qualquer modo de falar ou escrever a língua portuguesa é certo e deve ser ensinado nas escolas.

“Nóis vai, nóis fica, entendeu não complica” é o lema desses novos dilapidadores de nosso idioma, verdadeiras britadeiras do saber.

Ignoram que a língua tem uma história, uma tradição, um formato forjado nos milênios, que deve ser preservado, sob pena de se destruir a própria unidade nacional.

Mas – podem perguntar – o jeito como muitos do povo falam, com muitos erros, deve ser abolido?

De jeito nenhum. O jeito errado de falar, pode ser e é usado, mas nas rodinhas fechadas, em família, nos bares, banheiros e outros locais reservados.

Contudo, jamais ensinado nas escolas, como se fosse certo.

Assim fico com o parecer do grande linguista Evanildo Bechara, guardião da língua portuguesa na Academia Brasileira de Letras: há um traje para ir à praia e outro para ir a um baile.

A língua errada é para as praias. A certa, para os grandes eventos.

Deixo aqui, hoje, então, uma pequena homenagem ao nosso querido idioma.


Tributo à Língua Portuguesa

Língua latina, grega, celta, lusitana,
De sons de povos tão diversos encorpada,
Língua fenícia, e judaica, e troiana,
Mistura musical de raças misturadas!

Amo-te assim, tão linda, árabe e germânica,
Vibrante com palavras de além-mar trazidas
Nas viagens de templários, bravas, oceânicas,
Falando de mistério e coisas esquecidas!

Lírica língua, que aportou um dia aqui
E misturou-se entre selvas com o tupi
Para mais tarde enfeitar-se de africana!
Com os adornos de mil povos me sorris,
Em frases e lindezas como nunca ouvi…
Língua do “Império”, és de todas soberana!

Poesia do livro “Rosa na Noite – Poemas Trilógicos” – Inspirado na 2ª. edição do livro “História Secreta do Brasil”, da Dra. Cláudia Bernhardt Pacheco

* Jornalista e escritor tatuiano, terapeuta psicossocial e professor de literatura e redação nas Faculdades Trilógicas Keppe e Pacheco (Fatri).