Ação de imunização continua com números abaixo da meta

Grupos prioritários têm até o último dia deste mês para se vacinarem (foto: AI Prefeitura)

Segue até sexta-feira, 31, a 21ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Em Tatuí, equipes da Vigilância Epidemiológica continuam realizando a imunização em todos os postos de saúde da área urbana e rural.

Podem ser vacinados os grupos prioritários: idosos a partir de 60 anos, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, trabalhadores da área de saúde, professores das redes pública e privada, gestantes e puérperas.

O público-alvo ainda inclui pessoas com comorbidades (doença respiratória crônica, doença cardíaca crônica, doença renal crônica, doença hepática crônica, doença neurológica crônica, diabetes, obesos, imunossupressão, transplantados e trissomias) privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional.

De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, até a segunda-feira, 27, haviam sido aplicadas 25.165 doses da vacina contra a gripe no município.

A imunização foi aplicada da seguinte forma: 1.432 doses em crianças de seis meses a dois anos de idade, 2.213 em crianças de dois até cinco anos, 631 de cinco anos, 844 em gestantes, 2.527 em trabalhadores da área de saúde, 861 em professores, 228 em puérperas, 10.143 em idosos, 6.115 em pessoas com comorbidades e 171 em policiais e bombeiros.

No total, a campanha atingiu, até o momento, 62,41% do público-alvo. Entretanto, a meta estipulada pelos profissionais da Vigilância Epidemiológica é de atingir 90% do grupo prioritário, correspondendo à aplicação de 36.044 doses da vacina.

Devido à baixa procura, a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, enfermeira Rosana Oliveira, orienta a população que ainda não se vacinou a aproveitar a última semana da campanha. Segundo ela, todas as UBSs (unidades básicas de saúde) estão com doses da vacina sobrando.

“É muito importante que as pessoas aproveitem esta última semana para se vacinarem, prevenindo não só a gripe, mas também as complicações de doenças como a pneumonia, que pode até levar os pacientes à morte”, declarou a coordenadora.

Rosana reforça que a campanha de imunização contra a gripe é uma “das mais difíceis” de se atingir a meta geral, por falta de conscientização da população sobre a importância da vacina.

“As vacinas estão disponíveis ao grupo prioritário nas UBSs, basta os pais, por exemplo, se conscientizarem e levarem os filhos para serem imunizados”, salienta.

Para a coordenadora, uma das principais causas de “inadimplência” do público-alvo é o mito de que a vacina provoca gripe como reação.

“Nós informamos e procuramos esclarecer todas as dúvidas das pessoas que estão indo se imunizar. Mesmo assim, este mito está fazendo com que o público-alvo acabe fugindo da imunização”, destacou.

Segundo ela, caso a pessoa que faz uso da vacina desenvolva sintomas típicos de doença do trato respiratório (como nariz entupido, tosse e dor de garganta, por exemplo), isso não está relacionado com o imunizante, porque ele é elaborado com o vírus morto.

“Muitas vezes, a pessoa se vacina contra a gripe, mas já está com o vírus no corpo. Aí, coincide de ficar doente e achar que é da vacina. Mas, na realidade, não é”, acrescentou. Ela ainda alerta que a vacina contra gripe é segura e a intervenção mais importante para evitar casos graves e mortes pela doença.

“Se o vacinado já tiver o vírus no corpo, ela pode ter a gripe, mas a gravidade será muito menor, reduzindo as chances de complicações ou uma evolução para uma possível pneumonia”, explicou.

Rosana ressalta que, a partir do momento em que se administra a dose, a vacina inativa o vírus e as chances de complicação da doença são reduzidas. Além disso, reforça que 90% das pessoas que tomam a vacina aprovam a imunização.

Conforme a coordenadora, ainda não foi definido se o prazo será prorrogado ou se a imunização será disponibilizada para toda a população. Segundo ela, a Vigilância Epidemiológica deve receber a resposta do Ministério da Saúde em breve.

Para tomar a vacina, é preciso levar a carteira de vacinação e/ou um documento com foto. Os doentes crônicos precisam de uma carta do médico ou a receita da medicação de uso contínuo.

Para tirar dúvidas e solicitar mais informações, basta ligar para (15) 3259-6358, ou procurar a UBS mais próxima.