A eficiência na testagem da Covid-19 salva vidas; há dois tipos diferentes

(foto: Gerd Altmann / Pixabay)
Da assessoria da Thermo Fisher Scientific

Há muitas discussões acerca do surgimento da Covid-19, maneiras de retardar a propagação e as pesquisas para se descobrir a vacina. Porém, há um ponto de concordância entre as autoridades de saúde: a testagem em maior número possível é essencial para seu controle.

Em países como o Brasil, onde a doença ainda está em ascensão em diversas regiões, é fundamental realizar testes que tenham precisão na detecção do vírus, uma vez que um indivíduo contaminado com o Sars-CoV-2, o vírus da Covid-19, pode transmiti-lo para cerca de seis pessoas, muitas vezes antes mesmo de apresentar os sintomas mais agudos, ampliando exponencialmente a propagação do vírus, segundo o Disease Control and Prevention, o principal instituto nacional de saúde pública dos Estados Unidos.

Em relação à tecnologia, há dois tipos principais de testes atualmente disponíveis para a diagnóstico do Sars-CoV-2: o RT-PCR (sigla em inglês que quer dizer “transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase”) e o sorológico.

O RT-PCR consiste em um método laboratorial de diagnóstico molecular, ou seja, que detecta a presença do material genético do vírus. A amostra utilizada é obtida da mucosa das vias respiratórias. Ele é considerado o método padrão ouro, ou seja, o melhor e mais indicado para diagnóstico da Covid-19.

“Em meio a uma pandemia, com a enorme quantidade de casos confirmados e suspeitos, é imprescindível recorrer a um teste com qualidade e precisão diagnóstica”, explica Patrícia Munerato, diretora de análises genéticas da Thermo Fisher Scientific.

“A eficiência de um teste é avaliada por dois fatores: sensibilidade e especificidade. A primeira significa a capacidade de detectar o vírus mesmo em concentrações muito baixas. Em alguns infectados, especialmente aqueles em estágio pré-sintomático, a quantidade de partículas virais (ou cópias) pode ser muito baixa. O RT-PCR detecta a partir de dez cópias do vírus, o que minimiza resultados falsos negativos. Já o conceito de especificidade está relacionado à capacidade de diferenciar ‘pedaço’ do vírus da Covid-19 que não sejam semelhantes à de outros vírus. Em outras palavras, garantir resultado positivo quando houver a presença do Sars-CoV-2, apenas, e negativo em sua ausência, mesmo se houver infecção por outros vírus respiratórios.”

O RT-PCR tem a capacidade de detectar o vírus nos primeiros dias após o indivíduo o contrair, mesmo sem apresentar sintomas.

O outro tipo de teste, mencionado acima, é o sorológico. E como ele funciona? Por meio da pesquisa de anticorpos (IgG e IgM) produzidos contra o Sars-CoV-2 numa amostra sanguínea.

O IgM, também chamado de anticorpo de fase aguda da doença, aparece quando a doença está em curso, e só é detectável após o oitavo ou décimo dia da infecção.

O IgG, conhecido como anticorpo de memória imunológica, identifica se a pessoa foi exposta ao vírus e, por isso, produziu anticorpos em resposta à infecção.

Embora capaz de distinguir infecção ativa (aguda) ou prévia (memória) da Covid-19, a sensibilidade dos testes sorológicos é bastante inferior à PCR. Por isso, a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) e de autoridades de saúde, para diagnóstico da doença, é o RT-PCR.

“A Thermo Fisher desenvolveu o kit multiplex de PCR em tempo real TaqPath Covid-19 RT-PCR CE-IVD descritos nos principais protocolos mundiais para detecção da Covid19 e que também possui registro na Anvisa, apresentando sensibilidade maior que 95% e especificidade maior que 99%. O resultado sai em três horas, a partir do início da análise da amostra”, detalha a diretora.

Atualmente, a Thermo Fisher tem disponível para o Brasil três milhões de testes, semanalmente, podendo aumentar a capacidade, dependendo da demanda dos laboratórios e órgãos de saúde.

A Thermo Fisher Scientific é líder mundial em produtos e soluções científicas, com receita anual acima de US$ 25 bilhões, cerca de 75 mil funcionários. Segundo a assessora, a empresa investe mais de US$ 1 bilhão por ano em pesquisa e desenvolvimento.