Da reportagem
Em sessão ordinária na segunda-feira, 28 de outubro, na Câmara Municipal de Tatuí, os vereadores abordaram, mais uma vez, a efetivação de um centro de hemodiálise no município.
Cíntia Yamamoto Soares (PP) afirmou que “a população está nos cobrando respostas sobre o centro de hemodiálise. Estou questionando novamente, exercendo o nosso dever, que é cobrar pela população, para que a gente possa levar as respostas.
Eduardo Dade Sallum (PT) reiterou o questionamento de Cíntia e questionou: “Se o recurso vai ser repassado e como está o trâmite para isto?”.
Posteriormente, em tribuna, Antônio Marcos de Abreu (Republicanos) respondeu: “Tive uma conversa com o Carlos (Eduardo de Moura), diretor da Divisão Regional de Saúde (DRS) de Sorocaba, que fez a cobrança em relação à clínica, pois a DRS precisa da hemodiálise aqui em Tatuí e já se dispôs em mandar recursos através de convênio para o nosso município”.
“Infelizmente, a clínica, que é particular, ainda não tem alvará de funcionamento e nem alvará sanitário. Portanto, a prefeitura não pode fazer contrato nenhum se não tiver esses alvarás. Não tem como comprar o serviço”, reiterou.
Ainda de acordo com o vereador, “caso a prefeitura compre serviço de clínica que não tenha os alvarás necessários, isso poderia levar à cassação do mandato do prefeito”.
“O recurso não pode ser disponibilizado nesta condição. Estamos batendo nessa tecla há muito tempo. Solicitamos que o dono dessa clínica providencie os alvarás para que o Executivo possa comprar os serviços. O prefeito já falou várias vezes que, se a clínica estiver funcionando, irá comprar os serviços”, sustentou.
Abreu também apontou que os recursos enviados para Tatuí, que poderiam ser usados para isso, entraram na pasta de média e alta complexidades da Secretaria da Saúde.
“A prefeitura pode comprar qualquer serviço de média e alta complexidade. O recurso será destinado a algumas áreas da Saúde, até que o serviço da hemodiálise esteja pronto e de acordo com as normas sanitárias e o alvará de funcionamento”, acrescentou.
Já Maurício Couto (PP) reiterou a cobrança sobre a falta de alguns modelos de bolsas de colostomia, explicando que, devido aos procedimentos médicos, nem sempre uma determinada bolsa serve para todos. “Dependendo do paciente, a base da bolsa não dá certo, não tem uma boa adaptação”, acentuou.
Ainda de acordo com o vereador, às vezes, os profissionais colocam outro modelo para tentar adaptar, mas não dá certo.
“Isso vai gerar gasto de material. Usam um material, a bolsa não se adapta bem; troca novamente, faz uma, duas, três vezes a troca da bolsa. É um desconforto para o paciente, que precisa retirar, limpar, e só quem passa a necessidade sabe a importância de ter o material correto”, argumentou.
Cíntia, além de comentar sobre o centro de hemodiálise, solicitou a antecipação do horário de entrada da creche em dez minutos. “Alguns pais me procuraram, pois não têm tolerância nos trabalhos, precisam chegar no horário e isso ajudaria muito”, disse.
Sallum ainda destacou demandas de moradores do bairro Guarapó. O vereador mostrou um abaixo-assinado pedindo melhorias. “É um dos bairros mais antigos de Tatuí, e não tem pavimentação, não tem ligação de água para grande parte das pessoas e é mais um local esquecido por Tatuí”, declarou.
“Ali, há uma tristeza, porque podia se pegar um problema e fazer uma solução, que é mais um acesso para a Castello Branco. Estou aqui com um abaixo-assinado de 90 moradores da região do Guarapó, Rio das Pedras e Lagoa Vermelha, pedindo que se faça a pavimentação”, concluiu.
Posteriormente, João Éder Alves Miguel (União Brasil) apresentou reivindicação sobre criação de cursos de capacitação no município. “Temos uma população em Tatuí que necessita muito do apoio do poder público em relação a mais oportunidades para educação e profissionalização”, afirmou.
“Com certeza, o empresário que olha uma cidade com potencial de investimento vai se atentar ao quanto está apta para receber o seu negócio, o quanto a população tem condição de atender, do ponto de vista técnico, aquilo que o empresário está precisando”, destacou ele.
Sobre os casos de cinomose no município (reportagem nesta edição), Gabriela Xavier Mendes Coito (Podemos) citou que a doença viral afeta cães e cobrou o setor de bem-estar animal para dar atenção à causa e a prefeitura, para que faça ações de prevenção.
“Essa iniciativa poderia incluir ações de conscientização sobre a importância da vacinação e cuidados com os animais de estimação, além de orientação sobre os sinais da doença”, apontou.
“Uma campanha bem estruturada pode ajudar a reduzir a incidência da cinomose, proteger a saúde dos animais de estimação e, consequentemente, garantir a segurança da comunidade”, finalizou.
Já Renan Cortez (MDB) subiu à tribuna e afirmou que há muitos assuntos para serem tratados pelo Poder Público ainda neste ano.
“A questão da cinomose foi muito bem relatada pela vereadora Gabriela Xavier. Nós temos que acompanhar os fatos referentes aos animais daquela região (sul) da nossa cidade e procurar entender como vamos conscientizar e solucionar essa demanda tão importante da causa animal do nosso município”, declarou.