Diléa Silva
No Brasil foi iniciada, no dia 27 de fevereiro, a disponibilização da dose de reforço no esquema vacinal contra a Covid-19, com a vacina bivalente.
Essa é uma vacina com a metodologia de RNA mensageiro e que promove estímulo à proteção de imunidade contra o Sars-Cov2 original e contra mutações do vírus, particularmente contra a variante Ômicron e as suas subvariantes. Ela é considerada imunização de reforço, devendo ser aplicada em quem já recebeu esquema vacinal monovalente.
A Associação de Obstetrícia e Ginecologia do estado de São Paulo alerta que deve-se ter em mente que, mesmo com esse reforço, o intuito da vacinação é evitar a doença grave e que ainda não se tem uma arma eficaz para a não aquisição da doença, em sua totalidade.
Segundo as normas estabelecidas pelo PNI – Programa Nacional de Imunização – o calendário de vacinação desta dose de reforço vai priorizar os grupos com maior risco de apresentarem doença grave. Como não há vacina para toda a população, pois o Brasil adquiriu e recebeu inicialmente 3 milhões de doses, o PNI estabeleceu fases de vacinação.
Na fase 1, que teve início em 27 de fevereiro, foram contemplados os idosos acima de 70 anos, pessoas que vivem em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e seus trabalhadores; pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos de idade; população indígena, quilombolas e ribeirinhos a partir de 12 anos.
Na fase 2, com início nesta segunda-feira, 6, são contemplados indivíduos acima de 60 anos. Na fase 3, prevista para o dia 20 de março, serão contemplados gestantes e puérperas, com início e na fase, agendada para o dia 17 de abril, será a vez dos profissionais da saúde.
Conforme a Sogesp, as vacinas bivalentes são seguras e eficientes, particularmente para evitar as formas graves da Covid-19. (https://aps.saude.gov.br/noticia/20425).
“Como verificamos o aumento da razão de morte materna durante a pandemia de COVID-19, acreditamos ser função da Sogesp esclarecer os tocoginecologistas para que incentivem as gestantes e puérperas a receberem o esquema vacinal contra a Covid-19 já disponibilizado”, ressalta a associação.
“Após a gestante ou puérpera ter recebido ao menos duas doses e até as quatro doses propostas no esquema inicial, devemos orientar que ela receba essa dose de reforço, assim que for disponibilizada, o que esperamos ocorrer brevemente”, alerta a Sogesp.
“A pandemia não acabou e devemos proteger o binômio materno fetal e a melhor forma de controlarmos a doença, por enquanto, é a vacinação”, conclui.