Da reportagem
A prefeitura, por meio das secretarias municipais da Saúde e da Assistência e Desenvolvimento Social, lançaram neste mês de junho um projeto de acolhida voltado a pessoas em vulnerabilidade social em decorrência do uso de álcool e drogas.
De acordo com o secretário da Assistência e Desenvolvimento Social, Alessandro Bosso, o projeto começou a realizar as abordagens na semana passada e “seguirá com ações contínuas voltadas para a problemática do consumo abusivo de álcool e drogas, em pontos específicos do município”.
“Com o objetivo de compreensão dessas particularidades e de detectar as características e dimensões das situações de vulnerabilidade, a secretaria tem como proposta a organização do sistema público de atendimento a essa população”, ressalta o secretário.
A equipe de abordagem é composta por assistente social, psicólogo, enfermeira, dentista e agentes de saúde, além de integrantes do Creas (Centro de Referência Especializada de Assistência Social), do Caps AD (Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas), da ESF (Estratégia de Saúde da Família) e da Vigilância Epidemiológica.
Bosso explica que a acolhida se dá de várias formas: como a realização de abordagem social, entrega de lanches, testes rápidos de HIV, sífilis, hepatite e aplicação de anticoncepcional, orientação de saúde bucal, entre outras ações.
O secretário informa ter feito, por meio da pasta, um mapeamento das áreas com maior concentração dessas pessoas, para identificar quem são e onde elas costumam ficar, como se relacionam com a comunidade, com os serviços públicos e estabelecimentos privados.
“Inicialmente, foi preciso reconhecer quem é essa população em situação de rua. Então, também levantamos como acessam os programas assistenciais e de saúde, quais são as dificuldades que apresentam, quais os recursos comunitários disponíveis e que parcerias intersetoriais e interinstitucionais podem ainda ser firmadas para ajudar”, informou Bossa.
Na primeira operação, a equipe visitou pessoas concentradas perto da linha do trem do Jardim Rosa Garcia II, onde foram realizadas 45 abordagens. Em conversa com os profissionais, quatro dependentes químicos aceitaram iniciar os tratamentos oferecidos pelo Caps AD.
Segundo Bosso, os quatro foram acolhidos pela equipe técnica e inseridos nos grupos de apoio, e dois deles, também encaminhados para internação em clínica conveniada com a prefeitura.
Na ocasião, ainda foram realizados 72 testes rápidos para HIV, sífilis, hepatite B e C, e atenção quanto ao estado de saúde dessa população, com marcação de consultas e exames nas unidades básicas de saúde.
Nesta semana, a equipe visitou pessoas às margens do ribeirão Manduca, na vila Esperança, e no Mercado Municipal “Nilzo Vanni”. Na operação, a equipe abordou 15 pessoas, as quais receberam orientações sobre os serviços da assistência social e do Caps, e três deles aceitaram atendimento.
“Este é um trabalho importante, e vamos continuar em outros pontos identificados pela equipe, com intuito de identificar e oferecer tratamento aos que aceitaram e também os serviços de saúde e assistência social”, concluiu o secretário.