* Dr. Jorge Sidnei R. da Costa - Cremesp 34.708
O outono já chegou e, com ele, as quedas bruscas de temperatura, tempo de começar a disseminar o vírus da gripe. No inverno passado no hemisfério Norte e principalmente nos EUA, onde teve um inverno rigoroso, houve um surto de gripe suína (H1N1), um surto pelo H3N2 e muitos casos de morte.
Conheça as vacinas que podem ser aplicadas neste ano tanto na rede pública como na privada.
Todo ano, a composição das vacinas contra a gripe muda. Por isso é recomendada repetir a vacina todos os anos. O vírus da gripe sofre mutação anual, e ele é pesquisado por laboratórios de referência no mundo todo, para saber qual vírus vai atuar em 2021.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulga as vacinas aprovadas para prevenir a gripe em 2021. O governo refaz essa lista todo ano, porque as companhias precisam atualizar a composição dos imunizantes baseadas nas mutações constantes do vírus influenza e nos subtipos com maior probabilidade de circular pelo país nos próximos meses.
Este ano, a vacina contra a gripe ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não começou, e na rede particular está em vias de ser liberada.
Tomar a vacina injetável anualmente é importante, porque a gripe pode ter consequências sérias, como pneumonia e infarto. Para ter ideia, ela mata cerca de 650 mil pessoas todos os anos, segundo a OMS.
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim) recomenda a proteção para todas as pessoas, adultos e crianças, a partir dos seis meses de vida, principalmente as mais sujeitas a complicações graves.
O Ministério da Saúde determinou que a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza será realizada em abril. Neste ano, porém, com a vacinação contra a Covid-19 em andamento, cuidados diferentes dos usuais deverão ser tomados.
O ministério recomenda que a vacina contra a gripe e a contra a Covid-19 não sejam aplicadas de forma simultânea, mas sim com um intervalo de 14 dias entre elas. Ao todo, 80 milhões de pessoas de grupos prioritários serão imunizadas contra a influenza.
“Ao se considerar a ausência de estudos de coadministração das vacinas Influenza e Covid-19, neste momento não será recomendada a administração simultânea das vacinas contra Covid-19 com as de outras doenças”, explica o Ministério da Saúde, em nota.
Se uma pessoa tomar a vacina contra a Covid-19, a recomendação é que espera ao menos 14 dias até receber o imunizante contra a gripe. O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, enviou um documento aos estados e aos conselhos Nacional de Secretários de Saúde (Conass), de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) dando orientações a respeito da campanha de vacinação.
Vacinação particular
Indivíduos que não se encaixam na lista do SUS, a partir de seis meses de idade, podem procurar a rede privada para se proteger. Para saber o valor da vacina por dose no Cevac, as pessoas podem ligar no celular da clínica (99606-6136), até o final de março e começo de abril, sendo que poderá ser feito dentro das empresas (se houver quantidade disponível, pois este ano a procura está sendo muito grande e os estoques não irão durar muito tempo) para os seus funcionários, saindo assim com um valor menor do que a dose individual.
Assim, a empresa estará beneficiando seu quadro de funcionários e estará evitando o absenteísmo (falta ao trabalho). O custo-benefício desse ato é extremamente positivo para as empresas.
Quanto aos dois tipos de vacinas (trivalente e tetravalente), provavelmente ainda vamos receber a vacina quadrivalente. A trivalente protege contra três vírus: os dois vírus mais perigosos, que são o H1N1 e o H3N2, e outro, o vírus B (vírus da gripe comum). E a quadrivalente (contra quatro vírus da gripe) contém o vírus H1N1, o H3N2 e dois vírus comuns do tipo B.
Quem analisa os dados epidemiológicos e faz essa seleção dos vírus que contêm na vacina anual é a Organização Mundial de Saúde (OMS), com o auxílio de instituições de todo o mundo, inclusive do Brasil.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) não indica preferência por um tipo ou outro da vacina. O importante mesmo é vacinar-se o mais breve possível, antes que a gripe chegue!
Fonte: https://saude.abril.com.br e arquivos do Cevac – Centro de Vacinação de Tatuí.
* Médico pediatra com título de especialista em pediatria pela AMB e SBP e diretor clínico do Cevac – Centro de Vacinação de Tatuí.
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