Da redação
O governo do estado regrediu a região de Sorocaba para a fase vermelha do Plano São Paulo de flexibilização da economia. Com isso, Tatuí volta a fechar o comércio e serviços não essenciais a partir de segunda-feira, 25.
A informação foi divulgada durante coletiva de imprensa no início da tarde de sexta-feira, 22.A medida passa a valer para as regiões de Barretos, Bauru, Franca, Marília, Presidente Prudente, Sorocaba e Taubaté.
A fase mais rígida só permite o funcionamento normal em setores essenciais, como farmácias, mercados, padarias, lojas de conveniência, bancas de jornal, postos de combustíveis, lavanderias e hotelaria.
Demais comércios e serviços não essenciais só podem atender em esquema de retirada na porta, “drive-thru” e entregas por telefone ou aplicativos.
As demais, incluindo a Grande São Paulo, ficarão na etapa laranja, mas com restrições da vermelha em dias úteis, após as 20h, e integralmente aos finais de semana e feriados.
As medidas vão vigorar até o dia 7 de fevereiro. Até lá, nenhuma região poderá avançar às fases amarela e verde, as mais flexíveis em relação ao atendimento presencial. As medidas foram recomendadas por cientistas e médicos do Centro de Contingência do coronavírus.
O grupo de especialistas orienta e aconselha as autoridades estaduais com base em índices epidemiológicos e hospitalares desde a confirmação do primeiro caso no Brasil, há quase 11 meses.
O governo do estado e o comitê de saúde voltaram a pedir a colaboração de toda a sociedade para reforçar o distanciamento social e evitar aglomerações ou reuniões sociais, além de uso obrigatório de máscaras em locais de acesso público e higiene frequente das mãos. O novo mapa mostra 78% da população de São Paulo na fase laranja e 22% na vermelha.
As regiões na fase laranja, a partir do dia 25, são: Grande São Paulo e as regiões de Araçatuba, Araraquara, Baixada Santista, Campinas, Piracicaba, Registro, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista e São José do Rio Preto.
Já na etapa laranja, academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros, shoppings, concessionárias, escritórios e parques estaduais podem funcionar por até oito horas diárias, com atendimento presencial limitado a 40% da capacidade e encerramento às 20h. O consumo local em bares está totalmente proibido.
A venda de bebidas alcoólicas no comércio varejista só pode ocorrer entre 6h e 20h. Somente a partir da fase verde, a mais branda, é que essa comercialização pode voltar a ser feita sem as restrições atuais.
O governo ressalta que todos os protocolos sanitários e de segurança para os setores econômicos estão disponíveis no site saopaulo.sp.gov.br/planospe devem ser cumpridos com rigor. As prefeituras que se recusarem a seguir as normas estabelecidas ficam sujeitas a sanções judiciais.
Dados da pandemia
Com os dados epidemiológicos semanais divulgados nesta sexta, a média estadual passou de 287,9 para 348,6 novos casos a cada 100 mil habitantes. A taxa de novas internações subiu de 49,3 para 54,1 a cada 100 mil habitantes, e as mortes foram de 5,8 para 7,1 a cada 100 mil habitantes.
A aceleração no contágio preocupa o Centro de Contingência, que reforçou o alerta aos 46 milhões de habitantes de São Paulo.
“O cenário para os próximos dias não é tranquilizador, muito pelo contrário, são sombrios. Nós temos risco em São Paulo, se não tomarmos as medidas necessárias, de em pouco tempo termos dificuldade de oferecer leitos de UTI para pessoas que necessitem de tratamento”, declarou João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência.
O governo anunciou que a pressão sobre o sistema hospitalar é preocupante. A média de ocupação de leitos de UTI por pacientes graves com Covid-19 passou de 67,5% para 71,1%, com 18,9 vagas exclusivas para coronavírus a cada 100 mil habitantes.
Assim, o governo do estado endureceu o parâmetro de ocupação UTI Covid-19 de 80% para 75% para a fase vermelha e cancelou a realização de cirurgias eletivas.
Sem as medidas mais restritivas e com o atual ritmo de internações em UTI, em 28 dias o sistema de atendimento hospitalar para pacientes graves da Covid-19 poderia se esgotar, segundo o governo paulista.
Nesta sexta, a Secretaria de Estado da Saúde anunciou a ampliação de 756 leitos para pacientes infectados em todo o estado, sendo 450 de enfermaria e 306 de UTI.
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