Timão em 1963





Timão em 1963? Na verdade, o clube ainda não era denominado assim. Acontece que, naqueles tempos de vacas magras em relação a títulos, o alvinegro montava e desmontava equipes, sem, contudo, mostrar algo interessante, além de ser motivo de gozação, pois não conseguia ganhar do Santos, de Pelé.

Era o período denominado “tabu”, que tanto incomodava a gente corintiana, lembrando que a imprensa esportiva, em 1966, passou a chamar o clube de “Timão” depois que ele contratou o astro Garrincha, junto ao Botafogo, do Rio, por um preço até então nunca pago no futebol brasileiro, e de ter adquirido, junto à Portuguesa de Desportos, o zagueiro Ditão e o meia Nair.

Foi somente um lampejo de reação, quando conquistou o torneio Rio-SP daquele ano, ao lado de Santos, Botafogo e Vasco, explicado pelos dirigentes da época de que não havia data para disputar os jogos finais, devido à Copa da Inglaterra, que se avizinhava.

A foto mostra o Corinthians de 1963, no Pacaembu, antes de vencer o Flamengo pelo Rio-SP, por 2 a 0, gols de Amaro e Nei. O paraguaio Fleitas Solich (famoso por ter dado as primeiras chances para craques como Gerson, o canhotinha de ouro, e Zico no time do Flamengo) treinava o Corinthians.

Em pé: Walmir, Oreco, Aldo, Amaro, Eduardo e Ari Clemente. Agachados: Marcos, Manoelzinho, Nei, Bazani e Lima. O rubro-negro estava com Mauro, Joubert, Luis Carlos, Vanderlei e Jordan, Nelson e Nelsinho, Espanhol, Gérson, Airton (Foguete) e Alfredinho, do treinador Flávio Costa. Bonita recordação dos clubes de maiores torcidas.

NOTA: As fotos são do arquivo pessoal do autor, que data de 50 anos. Ele, como colecionador e historiador do futebol, mantém um acervo não somente de fotos, mas de figurinhas, álbuns, revistas, recortes e dados importantes e registros inéditos e curiosos do futebol, sem nenhuma relação como os sites que proliferam sobre o assunto na rede de computadores da atualidade