Da reportagem
Após ser interrompido no mês de março, pela pandemia do novo coronavírus, o projeto cultural “DNA – A Genética Sobre Si Mesmo”, da Companhia de Performances ST DNC, recebeu recursos da Lei Aldir Blanc (lei federal 14.017/2020), por meio do decreto municipal 20.657, e estreia neste mês de dezembro.
O processo do espetáculo teve início em janeiro de 2020. Em setembro, após seis meses de reuniões, pesquisas e encontros apenas on-line, o elenco formado por Kaytan, Kellen Faustinoni e Valdick Junior retornou aos ensaios presenciais em área aberta, usando máscaras e respeitando o distanciamento social.
Segundo o diretor Mat Kaytan, este é o sexto espetáculo da Cia ST DNC e será estreado neste mês na Praça da Matriz, de forma interativa e respeitando os protocolos de proteção contra a Covid-19.
A data e o horário da apresentação não serão previamente divulgados, para evitar aglomeração e, também, pelo fato de ser uma “intervenção” (manifestação artística organizada por um grupo, realizada em área central, que consiste em uma interação com um objeto artístico ou com um espaço público).
“O espetáculo será na Praça da Matriz, pois, sendo em uma área aberta, não precisaremos diminuir o público. Se for divulgado o dia, pode gerar aglomeração, e não queremos prejudicar o projeto”, informou o diretor.
Nesta intervenção, a companhia aborda questões da atualidade e possíveis “tabus entre a sociedade e a família tradicional”. O espetáculo ainda abrange conceitos sobre doação de sangue, adoção e HIV.
“A intervenção tem tudo a ver com a atualidade, iremos estar vestidos de enfermeiros, protegidos e incentivando as pessoas a usarem máscara corretamente e o álcool em gel”, afirmou o diretor.
“Também vamos falar sobre o número de crianças e jovens que esperam por adoção, de doadores de sangue de pessoas infectadas pelo HIV no Brasil, no estado e no município”, completou Kaytan.
Ainda segundo ele, o elenco pretende “alinhar conhecimentos já existentes por meio de informações exatas, dados e índices, além de gerar interatividade, intimidade e empatia com a plateia, proporcionando a sensação de conforto/confronto”.
“Esta ambiguidade possibilitará que o elenco dialogue artisticamente, percorrendo do cômico ao drama e pelas correntes sanguíneas dos tabus alheios, sem invadir quaisquer princípios e valores”, ressaltou o diretor.
“DNA – A Genética Sobre Si Mesmo” é um espetáculo interativo de 40 minutos, idealizado para o espaço público, aberto à comunidade, com a classificação indicativa de 12 anos, respeitando os protocolos de proteção contra a Covid-19.