O outono já chegou e, com ele, as quedas bruscas de temperatura, tempo de começar a disseminar o vírus da gripe. No inverno passado, no hemisfério Norte e, principalmente, nos EUA, onde teve um inverno rigoroso, houve um surto de gripe suína (H1N1) e um surto pelo H3N2, com muitos casos de morte.
Conheça as vacinas que podem ser aplicadas neste ano tanto na rede pública como na privada. E quais os grupos prioritários que podem recebê-las de graça.
Todo ano, a composição das vacinas contra a gripe muda.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, nesta semana, as vacinas aprovadas para prevenir a gripe em 2019.
O governo refaz essa lista todo ano, porque as companhias precisam atualizar a composição dos imunizantes baseada nas mutações constantes do vírus influenza e nos subtipos com maior probabilidade de circular pelo país nos próximos meses.
Os nomes das vacinas são:
– Fluarix Tetra, da GlaxoSmithKline Brasil.
– Influvac (trivalente), da Abbott Laboratórios do Brasil.
– Influvac Tetra, da Abbott Laboratórios do Brasil.
– Vacina Influenza trivalente (fragmentada e inativada), do Instituto Butantã.
– Vacina Influenza Trivalente (subunitária, inativada), do Medstar Importação e Exportação Eireli.
– Vaxigrip – Sanofi-Aventis Farmacêutica.
Este ano, a vacina trivalente ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos específicos protegerá contra os vírus H1N1, o H3N2 e o Influenza do tipo B Victoria. Já as versões tetravalentes, disponíveis somente na rede particular, resguardam contra os subtipos mencionados logo acima e também o tipo B Yamagata.
Quem analisa os dados epidemiológicos e faz essa seleção é a Organização Mundial de Saúde (OMS), com o auxílio de instituições de todo o mundo, inclusive do Brasil.
Tomar a vacina injetável anualmente é importante, porque a gripe pode ter consequências sérias, como pneumonia e infarto. Para se ter ideia, ela mata mais de 650 mil pessoas todos os anos, segundo a OMS.
A Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) recomenda a proteção para todas as pessoas, adultos e crianças, a partir dos seis meses de vida, principalmente as mais sujeitas a complicações graves.
Campanha em abril
Ela vai ocorrer entre 10 de abril e 31 de maio. Só no Amazonas, que já registrou 28 mortes provocadas pelo vírus H1N1 em 2019, o mutirão foi antecipado e já ocorre desde 20 de março.
O governo federal adquiriu 64 milhões de doses, com a meta de atender 59 milhões de pessoas. A primeira fase nacional, que vai até 22 de abril, será focada em crianças, gestantes e puérperas (mulheres que tiveram filhos recentemente). A partir dessa data, todo o público-alvo pode se vacinar.
A lista completa do grupo prioritário é esta: gestantes e puérperas; crianças de seis meses a cinco anos; maiores de 60 anos; profissionais da saúde; pessoas de qualquer idade com doenças crônicas (diabetes, doenças cardíacas e respiratórias, distúrbios que comprometem a imunidade, como o câncer, e outras); população indígena; pessoas privadas de liberdade; professores da rede pública e privada; trabalhadores do sistema prisional.
Vacinação particular
Indivíduos que não se encaixam nessa lista podem procurar a rede privada para se proteger. Os valores devem variar entre R$ 100 e R$ 150 por dose. O Cevac deverá estar recebendo a vacina trivalente Influvac da Sanofi Aventis (importada) até o final de março e começo de abril, sendo que poderá ser feito dentro das empresas para os funcionários, saindo, assim, com um valor menor do que a dose individual.
Assim, a empresa estará beneficiando seu quadro de funcionários e estará evitando o absenteísmo (falta ao trabalho). O custo-benefício desse ato é extremamente positivo para as empresas.
Quanto aos dois tipos de vacinas (trivalente e tetravalente), preferimos usar a trivalente, pois ela custa um valor bem mais razoável e protege contra três vírus: os dois vírus mais perigosos, que são o H1N1 e o H3N2, e outro, o vírus B (vírus da gripe comum).
A OMS (Organização Mundial da Saúde) não indica preferência por um tipo ou outro da vacina. O importante mesmo é vacinar-se o mais breve possível, antes que a gripe chegue!
Fonte: https://saude.abril.com.br e arquivos do Cevac – Centro de Vacinação de Tatuí.
* Médico pediatra com título de especialista em pediatria pela AMB e SBP e diretor clínico do Cevac – Centro de Vacinação de Tatuí
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