Meningites bacterianas

A meningite bacteriana é a infecção grave que provoca a inflamação das membranas meníngeas (tecido que envolve o cérebro) e a medula, causada por uma bactéria como Neisseria meningitidis,” “Streptococcus pneumoniae”, “Mycobacterium uberculosis” ou “Haemophilus influenzae”, por exemplo.

Geralmente, a meningite bacteriana é uma situação muito grave que pode colocar em risco a vida da pessoa, caso não seja tratada adequadamente. Apesar disso, a meningite bacteriana tem cura, mas a pessoa deve ser levada para o hospital assim que os primeiros sintomas apareçam, para receber o tratamento adequado.

Sintomas

O tempo de incubação da bactéria geralmente é de quatro dias até que a pessoa comece a apresentar os primeiros sintomas, que podem ser:  febre acima de 38º C; vômitos (em jato); dor de cabeça intensa (choro); dor ao virar o pescoço; manchas roxas na pele; rigidez muscular no pescoço (rigidez de nuca); cansaço e apatia; sensibilidade à luz ou ao som; confusão mental.

Além destes, os sintomas gerais de meningite no bebê podem incluir irritabilidade, choro forte, convulsões e fontanela (moleira) dura, tensa e abaulada.

Diagnóstico

O médico pode chegar ao diagnóstico da meningite bacteriana após observar os sintomas apresentados e colher o exame do líquor cefalorraquidiano (LCR). O antibiograma realizado através da cultura do líquor é importante para identificar o tipo de bactéria que está causando a meningite, porque existem antibióticos mais indicados para cada tipo de bactéria.

Mas o(s) antibiótico(s) deve ser iniciado o mais breve possível, quando a suspeita é grande ou quando o LCR acusa o aumento do número de células (e alterações no exame bioquímico do LCR – dosagem de proteínas, por exemplo).

Cepas responsáveis

Em 2015, as cepas B da bactéria meningocócica foram responsáveis por 40% dos casos de meningite em todas as faixas etárias, e mais de 60% dos casos em lactentes com idade inferior a um ano. Os pesquisadores testaram amostras coletadas entre 2000 e 2008, e chegaram à conclusão de que 91% das cepas bacterianas seriam cobertas pela vacina Bexsero.

Outras vacinas contra meningite B já foram aprovadas e são utilizadas, mas, até então, nenhuma oferecia uma cobertura tão alta como a atualmente usada (vacina Bexsero da GSK). Os outros grupos da doença, como meningite A, C, Y e W, também já têm seus imunizantes circulando pelo mundo (usamos a vacina Menveo da GSK).

Essas duas vacinas não estão presentes no calendário do PNI (nos postos do SUS), mas somente disponíveis nas clínicas particulares de vacinação, podendo ser feitas a partir de dois meses de idade das crianças. Aplicação é intramuscular e feita pelo médico responsável, na clínica Cevac.

Sequelas

As sequelas da meningite bacteriana incluem: alterações cerebrais, surdez, paralisia motora, epilepsia, dificuldade na aprendizagem, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.

Normalmente, as sequelas de meningite bacteriana surgem quando o tratamento não é feito de forma adequada, especialmente grave em indivíduos com mais de 50 anos ou crianças RN e lactentes jovens abaixo de dois anos de idade.

Fonte: Saúde – iG @ http://saude.ig.com.br/2017-11-23/meningite-b-vacina.html

* Médico especialista em ediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Associação Médica Brasileira (AMB), membro da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações) e diretor clínico da Alergoclin Cevac desde 1982.