Neste mês, foram confirmados os dois primeiros casos de infecção pelo vírus H1N1 em Tatuí no ano de 2018. As primeiras vítimas do vírus são duas crianças, ambas não imunizadas com a vacina contra a gripe, disponibilizada nas UBSs da cidade.
Uma das meninas infectadas tem seis anos e mora no bairro Jardim Tóquio. Ela está melhor e, inclusive, já retomou as atividades de rotina. A outra garota reside na vila Esperança, tem três anos e continuava internada até esta terça-feira, 26.
Segundo Rosana Aparecida de Oliveira, coordenadora municipal da Vigilância Sanitária, a menina foi diagnosticada com o vírus da H1N1 no dia 5 de junho, na Santa Casa. No dia 7, acabou transferida para o Conjunto Hospitalar de Sorocaba, onde deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva e permanece estável.
O secretário municipal da Saúde, Jerônimo Fernando Dias Simão, por meio de nota enviada pela Prefeitura, ressaltou a importância da vacinação contra a gripe.
“Achamos interessante a divulgação desses dados positivos de H1N1 em Tatuí, uma vez que a adesão na campanha de vacinação está muito baixa, especialmente entre as crianças”, afirma o secretário.
Em Tatuí, até esta terça, haviam sido vacinados 23.330 habitantes, o que representa 69,18% da meta estabelecida. Até então, estavam imunizados: 10.393 idosos (80,89%), 156 puérperas (78%), 783 professores (80,14%), 2.505 profissionais de saúde (68,74%) e 5.345 portadores de doenças crônicas (87,27%).
Porém, as faixas mais críticas envolvem gestantes e crianças, que somavam até terça-feira 654 gestantes e 3.347 crianças imunizadas.
Devido ao baixo alcance da campanha, a Secretaria de Estado da Saúde definiu que, seguindo as diretrizes definidas pelo Ministério da Saúde, as vacinas contra a gripe ficarão disponíveis nas unidades básicas de saúde até acabarem os estoques.
Segundo Rosana, é muito importante que os pais levem os pequenos para serem imunizados, já que os dois primeiros casos no município são de crianças infectadas pelo vírus H1N1.
A meta do Estado de São Paulo é de vacinar 10,7 milhões de pessoas, sendo que, até terça-feira, mais de 9,9 milhões de paulistas já estavam imunizados. Grupos prioritários como idosos, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), professores e indígenas já ultrapassavam a meta de 90% de vacinados.
Já crianças e gestantes são motivos de preocupação, pois somente 58,3% e 59,1%, respectivamente, tinham sido imunizados. Ainda é preciso vacinar cerca de 950 mil crianças e 170 mil grávidas no Estado.
“Grávidas e pais que ainda não levaram seus filhos para vacinar devem aproveitar a continuidade das ações de vacinação. Para esses grupos, tomar a vacina é especialmente importante para evitar complicações futuras, como pneumonia e internações hospitalares”, afirma a diretora de imunização da secretaria, Helena Sato.
“A vacina não provoca gripe em quem toma a dose, já que é composta apenas de fragmentos do vírus, que causam a devida proteção, mas são incapazes de causar a doença”, explica.
Segundo recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde), a vacina de 2018 previne contra o vírus Influenza dos tipos A (H1N1), A (H3N2) e B.
Para ser imunizado, o cidadão deve ir até uma unidade básica de saúde (UBS), portando a carteira de vacinação ou um documento de identidade.
Elas funcionam de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 16h, com exceção da UBS do bairro Santa Cruz, que fica aberta das 8h às 13h, assim como as dos bairros rurais Mirandas e Congonhal.