Preparar alimento com uso de gás de cozinha em Tatuí ficou mais caro nos últimos quatro meses. A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) registrou alta de 35,41% apenas no valor mínimo do botijão de GLP.
O gás liquefeito de petróleo é um combustível formado pela mistura de dois gases extraídos do combustível fóssil: o propano e o butano. Ele tem como principal característica passar ao estado líquido quando submetido à pressão.
Para a comercialização, o GLP é submetido a processo de engarrafamento e vendido na forma de tanques, cilindros ou bujão. E são todos esses vasilhames que estão subindo, em função de decisões adotadas pela Petrobras.
A companhia brasileira iniciou, em agosto deste ano, ciclo de reajustes do chamado gás de cozinha, de 13 quilos. No período acumulado, do oitavo mês do ano até o dia 4 de dezembro (data da última medida), o produto subiu 67,8%.
Em Tatuí, a alta do acumulado foi de 62,68%, na soma das porcentagens entre o valor mínimo e o máximo. No mês de agosto, o primeiro da comparação feita pela reportagem de O Progresso, o botijão de 13 quilos custava entre R$ 48 (o valor mais barato) e R$ 55 (o mais caro). Neste mês, os preços variaram de R$ 65 (o mínimo) a R$ 70 (o preço mais elevado).
A diferença nos percentuais verificados pelo acumulado da Petrobras e o registrado na cidade deve-se ao fato de que, desde 2003, a companhia pratica dois preços para o gás liquefeito de petróleo. Um é para os botijões menores e o outro, para grandes vasilhames, mais utilizado por indústrias e comércio.
Nos anúncios de reajustes feitos pela companhia brasileira, ela informa que as atualizações de preços haviam sido feitas, principalmente, “pela alta das cotações do produto (o petróleo) nos mercados internacionais”. A companhia defendia que o preço praticado estaria abaixo das cotações mundiais.
A porcentagem verificada em Tatuí diz respeito a levantamento realizado pela ANP em pontos de venda localizados em 14 bairros do município. São verificados, para fins de estatística, os preços informados em notas fiscais no alto da Santa Cruz, Boqueirão, centro, Guardinha, Jardim Aeroporto e Jardim Lucila.
O cálculo também inclui preços registrados por locais de venda no Jardim São Conrado, Jardim XI de Agosto, Parque Marajoara, Barro Preto e vila Doutor Laurindo.
A população de Tatuí começou a sentir as mudanças, por conta da política da Petrobras em setembro. Naquele mês, o valor mínimo do gás de cozinha foi de R$ 55 e, o máximo, de R$ 70. O preço mais alto persistiu até o início deste mês.
Em outubro, os tatuianos sentiram os efeitos da segunda alta. Nesse mês, o botijão de GLP pôde ser comprado por R$ 60, na cotação mais barata, ou R$ 70, na mais alta.
No quarto e quinto mês (novembro e dezembro) do levantamento feito pelo jornal com base nos relatórios mensais da ANP, o custo do produto ficou em R$ 65, o mínimo. Já o valor máximo permaneceu em R$ 70.