O presidente da Câmara Municipal, Luís Donizetti Vaz Júnior (PSDB), confirmou, neste mês, a intenção de disputar o cargo de deputado estadual nas eleições gerais do ano que vem.
Em 2018, o parlamentar quer concorrer a uma vaga na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) para representar Tatuí.
A O Progresso, Júnior Vaz foi o primeiro político local a anunciar a pretensão de disputar o pleito. Ele contou ter sido indicado pelo grupo religioso do qual é representante há quase uma década.
O parlamentar é líder estadual da juventude da Igreja O Brasil para Cristo. Em função da posição, espera contar com apoio da comunidade evangélica como compensação a uma eventual disputa por indicação a ser travada em âmbito local.
O PSDB teria, ainda, outros dois nomes para a disputa: o ex-prefeito e ex-deputado estadual Luiz Gonzaga Vieira de Camargo e o vereador e atual presidente do diretório tucano, Alexandre Grandino Teles.
Eleito duas vezes vereador pelo PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), Júnior Vaz frisou que tem “planos concretos de concorrer às eleições”.
O vereador também divulgou que “colocara o nome à disposição” do diretório municipal para ser o representante tucano na disputa e acrescentou que, caso não seja o escolhido, analisa a possibilidade, até, de deixar o partido.
“Lidero um grupo de jovens no Estado, e esse grupo pediu-me para sair candidato. Foi um pedido para que eu pudesse estar representando as questões dos jovens”, iniciou.
De acordo com o parlamentar, os representantes da igreja vislumbram a possibilidade de ele ser o nome mais apropriado para encampar as ideias do grupo. Primeiro, por conta da representatividade, e, segundo, em função da vivência.
“Estar na presidência da Câmara nos traz mais experiência, nos dá bagagem para podermos pleitear essa questão da pré-candidatura”, acrescentou.
O apoio do grupo, conforme o vereador, deve auxiliá-lo a “entrar na disputa com condições de se eleger”. Júnior Vaz disse entender que, em função do número esperado de candidatos locais e do eleitorado, a “briga deve ser acirrada”.
“Tatuí pode, sim, ter um representante, mas desde que haja uma soma não só do público local, mas também de outros públicos, de outras cidades”, defendeu.
Para ele, o ideal seria que a cidade lançasse “um nome único”. Entretanto, Júnior Vaz afirmou crer que essa iniciativa não deve ocorrer, dado o “histórico político da cidade”. “Acho que isso (candidatura única) é uma utopia. Então, não vejo possibilidade somente de a cidade conseguir eleger um candidato”, disse.
De forma a ter a possibilidade de “brigar” pela eleição, Júnior Vaz mencionou que deve reforçar o apoio fora de Tatuí, por meio do grupo evangélico.
Caso seja eleito, o parlamentar disse que ampliará o leque de bandeiras. Entre elas, a defesa dos “direitos da família e melhorias para a juventude”.
“A responsabilidade aumenta em proporções. Não tem como levantar apenas uma bandeira, e, como deputado estadual, os mecanismos para ajudar são muito maiores que no caso eu disponho na posição de vereador”, comentou.
Na Alesp, Júnior Vaz pretende apresentar projetos visando à prevenção ao uso de drogas, a “redução da desigualdade” e estimular a realização de programas de apoio, além de campanhas “em prol à vida”, como as de doação de sangue. “Já trabalho em algumas dessas questões”, apontou.
Ele sustentou que estuda ampliar, ainda, os direitos em defesa dos animais. “Esta é uma causa que tenho visto que tem um público que se doa. Então, são várias as bandeiras que eu terei”, completou.
Apesar de estender os compromissos ao Estado, o vereador sustentou que daria atenção especial a Tatuí. “Sou tatuiano, e digo que a cidade, com certeza, será a ‘menina dos meus olhos’, independentemente do apoio que tiver”, frisou.
Decisão em grupo
Conforme antecipado pelo vice-presidente do PSDB local e ratificado pelo presidente, a legenda deve apresentar um nome para concorrer à Alesp em 2018. Entretanto, Júnior Vaz acrescentou que a decisão deverá ser tomada em grupo.
Ele disse esperar que todos os parlamentares da base do governo sejam consultados. Em particular, porque eles integram o grupo que venceu as eleições municipais e possuem mais representantes na Câmara Municipal.
“Tudo isso vem de uma construção em grupo, com as lideranças partidárias. Já coloquei o meu nome à disposição para que o grupo possa, de repente, me apoiar”, contou.
Caso o partido opte por outro nome, Júnior Vaz antecipou que vai “avaliar possibilidades”. O vereador alegou que a indicação de uma segunda pessoa faz parte do processo democrático, mas alegou que pode mudar de legenda.
“Estou estudando a viabilidade, questão de janela partidária e outras circunstâncias”, disse.
Devem pesar na decisão do vereador fatores como coligação partidária, posição da possível futura legenda com relação aos candidatos ao governo do Estado e a margem necessária de votos para a eleição.
Pelo PSDB, Júnior Vaz precisaria obter, preliminarmente, entre 60 mil a 70 mil votos para se eleger.
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