Marcha à frente

Houve momentos em que Tatuí ficou um tanto destacada da realidade regional e, até, nacional – positiva e negativamente.

Já se desenvolveu mais que a média da região, como também sofreu mais, particularmente em meio a esta atual crise econômica nacional, a maior da história e que ainda resiste, embora arrefecendo gradativamente.

Portanto, houve períodos para se lamentar, como outros a se comemorar. A constante, no entanto, é que, a despeito da realidade, trabalhar é preciso. Sempre.

Basicamente, é com trabalho, eficiente e ininterrupto, que se direciona a realidade para bem ou para mal. E, neste momento, a cidade segue em caminho claramente positivo. Os recentes números do Caged evidenciam o fato.

Em setembro, Tatuí registrou o terceiro saldo positivo em seguida na geração de empregos formais. O levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, somou 47 novos empregos com carteira assinada no mês.

No período, houve contratação de 672 pessoas nos oito setores analisados pelo órgão e, em contrapartida, 625 demissões.

A Prefeitura considerou o balanço “expressivo, diante dos resultados de outros municípios que integram a RMS (Região Metropolitana de Sorocaba)”.

Tatuí teve desempenho melhor que Itu, Itapetininga, Cerquilho e Iperó. Essas quatro cidades apresentaram saldos negativos em – 193, – 273, – 6 e – 4 vagas, respectivamente. Sorocaba, Tietê e Votorantim fecharam em positivo, com 79, 43 e 5 vagas.

Em julho, o Caged contabilizou saldo de 109 novos empregos formais. Em agosto, 94, resultando em 248 novos postos de trabalho gerados no segundo semestre do ano.

De acordo com a Prefeitura, os números “ajudam a melhorar os índices de 2017 e demonstram a retomada do crescimento econômico”.

No primeiro semestre, o índice de emprego formal havia fechado em negativo. O saldo fora de 524 demissões, resultantes de 3.923 admissões e 4.447 demissões.

Por meio da assessoria, a prefeita Maria José Vieira de Camargo afirmou confiar que Tatuí pode liderar a retomada de empregos na região da RMS.

“Espero que, neste segundo semestre do ano, possamos recuperar os empregos perdidos no passado. Temos novos empreendimentos, e importantes, que serão ainda inaugurados”, destacou a prefeita.

“E estamos em tratativas com novos investimentos, que ainda temos que manter em sigilo, diante do impacto junto ao mercado financeiro”, acrescentou.

Em Tatuí, quatro dos oito setores analisados pelo MTE fecharam “no azul” em setembro. A indústria da transformação teve papel fundamental.

O setor teve 32 novas contratações, contra 17 da construção civil, 18 de serviços e 1 da agricultura. O setor de extrativo mineral, o comércio e a administração pública tiveram saldos negativos, em – 1, – 13 e – 7, nesta ordem. O setor de serviços industriais e de utilidade pública teve saldo zerado.

Das 254 novas ocupações apontadas pelo Caged, cinco tiveram maior número de admissões: vendedor (65 contratações), servente de obras (33), auxiliar de escritório (32), operador de caixa (20 admissões) e ajudante de motorista (19 admissões).

Com exceção da última, as demais funções também figuraram na lista das cinco que mais demitiram. Em setembro, houve 65 demissões de vendedores (resultando em saldo nulo), 39 de auxiliares de escritório (- 7), 26 de operadores de caixa (- 6), 21 de assistentes administrativos e 20 de repositores de mercadorias. Os salários médios variavam entre R$ 1.200 e R$ 1.300.

Os números fizeram de Tatuí a terceira melhor cidade dentro da microrregião. Boituva teve o melhor saldo, com 270 novos empregos formais. Em seguida, aparece Laranjal Paulista, com 63.

Porangaba contabilizou 12 novos empregos formais; Cesário Lange e Pereiras, 6 cada; Quadra, 3; e Torre de Pedra, 1. Somente Cerquilho, que integra a microrregião de Tatuí, teve saldo negativo de – 6 postos de trabalho.

Pelos números, é evidente a gradativa recuperação do país – e do município, em particular. Nesta realidade, ainda extremante delicada e incerta (por depender diretamente da política nacional como um todo, a qual ficará cada vez mais suscetível às próximas eleições), Tatuí desponta, novamente, como referência em desenvolvimento. Já era hora!