Centro e outros bairros do municí­pio devem receber mais lixeiras em abril





Jheniffer Sodré

Uma das lixeiras fixas encontrada no centro, próximo a ponto de ônibus da rua 11

 

Na segunda semana de março, a Prefeitura anunciou a colocação de 60 lixeiras na área central, a partir de parceria entre a Secretaria Municipal de Infraestrutura, Meio Ambiente e Agricultura e alguns estabelecimentos comerciais.

As cestas, com tampa e na cor laranja, ficam em frente a algumas lojas, aquelas que ajudaram no custeio do equipamento, segundo informações da Prefeitura.

Em contrapartida, as lixeiras possuem a logomarca do patrocinador como forma de estimular novas adesões de lojistas. Essa ação é focada na diminuição da quantidade de sacos de lixo acumulada nas calçadas.

“Agora, o lojista tem um lugar apropriado para deixar o resíduo comercial até o momento da coleta, sem que ele incomode os pedestres”, afirmou o secretário da Infraestrutura, José Roberto do Amaral.

Até o final de abril, a Prefeitura pretende colocar mais de 40 novas lixeiras desse modelo pelas ruas do centro.

Para tentar minimizar a quantidade de lixo jogado no chão, o Executivo informou que já abriu processo de licitação para substituição de todas as lixeiras fixas existentes na cidade.

Segundo informações da Prefeitura, outras cem lixeiras fixas serão instaladas no município, e todos os bairros receberam tambores plásticos.

Essas ações, de acordo com o Executivo, fazem parte do Plano Global de Gerenciamento e Descarte do Lixo, que vem sendo implantado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura, Meio Ambiente e Agricultura.

O próximo desafio, segundo a Prefeitura, é realizar palestras educativas nas escolas, para alunos a partir do quinto ano do ensino fundamental, a fim de conscientizar as crianças e os adolescentes sobre o descarte correto do lixo.

“Também serão distribuídos folhetos com explicações para que as crianças levem essas informações para casa e, desta forma, conscientizem os pais, também”, afirmou o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu.

Mais lixeiras

Para o motorista Daniel Nunes de Oliveira, 52, as pessoas jogam lixo no chão porque não há lixeiras suficientes na cidade. “E não é só nas ruas do centro, não. No bairro São Cristovão, onde eu moro, as ruas vivem cheias de papéis e garrafas pets”.

Oliveira sugere que sejam colocados mais pontos de coleta de lixo para incentivar a população a ter mais cuidado com a limpeza da cidade. “É preciso ter onde depositar o lixo para que as pessoas não joguem no chão”, frisou.

A atendente de loja Márcia Ferreira dos Santos, 39, concorda com o motorista. “A gente sabe que não é correto jogar lixo no chão, mas, como faltam lixeiras, é isso mesmo que acaba acontecendo”.

“Não adianta ficar só pedindo para as pessoas deixarem a cidade limpa, é preciso conscientizar a população para ver se o povo entende que não é para jogar no chão”, acrescentou.

Para o aposentado Marcos Vieira Campos, 61, na Praça da Matriz, até que há muitas lixeiras; mas, nas ruas, “nem tanto”. “E como tem pouco lugar pra colocar o lixo, vai para o chão mesmo”, comentou.

Já para as irmãs Sandra e Célia Toledo, que são da cidade de Campina do Monte Alegre, Tatuí parece ser uma cidade limpa. “Nós não somos daqui, e ficamos surpresas com a limpeza da cidade. O município está de parabéns”, afirmou Sandra.

Elas reconhecem que há poucas lixeiras pelas ruas, mas não acham que a cidade está suja, pelo menos não na região central, por onde costumam circular.

O vendedor César Augusto de Oliveira, 21, também está satisfeito com a limpeza urbana. “Dando uma volta por algumas ruas do centro, eu acho que a cidade está limpa. Algumas lojas também colocam lixeiras na esquina, e isso ajuda bastante”, destacou.

Nas ruas Prudente de Moraes e Coronel Aureliano de Camargo, duas lojas possuem seus próprios pontos de coleta de lixo.

Nas principais vias da região central, como as ruas 11 de Agosto, Prudente de Moraes, São Bento, 15 de Novembro e rua do Cruzeiro, ainda há poucas lixeiras pelo caminho.

Esse pode ser o motivo pelo qual algumas ruas acabam sendo alvo de papéis, plásticos, embalagens de bala e até garrafas.

Na rua Prudente de Morares, por exemplo, ainda não há cestos de lixo, pelo menos no trecho que vai do início da via até o Mercado Municipal.

Já na rua 11 de Agosto, do começo até o número 738, há três lixeiras: uma próxima à Etec Sales Gomes e duas próximas a um ponto de ônibus, depois da Praça da Matriz.