Vereadores aprovam dois projetos de autoria do Executivo em sessão





Amanda Mageste

Projetos de abertura de créditos adicionais especiais foram aprovados em sessão

 

Na sessão ordinária da noite de terça-feira, 15, houve votação de dois projetos de autoria do Executivo. Os vereadores também discutiram sobre a reforma da Concha Acústica Municipal “Maestro Spártacco Rossi”.

Antes do início, o presidente da Câmara, Oswaldo Laranjeira Filho (PT), convidou a população a participar de entrega de títulos de cidadania, dia 28, às 20h, na Sala das Sessões “Vereador Rafael Orsi Filho”.

Os projetos aprovados foram referentes à abertura de créditos adicionais especiais para atendimento de convênios pela Prefeitura.

O primeiro autoriza crédito de R$ 1.895.867,16 para atender despesas relativas aos convênios “Tatuí E” e “Tatuí F”, com a CDHU.

De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara, o convênio “Tatuí E” destina-se à construção de oito unidades habitacionais; o “Tatuí F” prevê a construção de 20 unidades habitacionais.

O segundo projeto autoriza abertura de crédito adicional especial, até o valor de R$ 6.032.421,14, para atender despesas com diversos convênios não contemplados no orçamento municipal vigente.

Conforme a assessoria, na justificativa, a municipalidade aponta que o projeto foi criado para execução das obras de construção do CDI (Centro Dia do Idoso), CCI (Centro de Convivência do Idoso), creche no Jardim Santa Emília, aquisição de caminhão para o Departamento de Agricultura, pavimentação de vias, reforma da pista de esporte, readaptação de praças, aquisição de material de apoio às creches, ampliação da UBS (unidade básica de saúde) da vila Angélica, oficina “Profissionalizando” (da Secretaria Nacional das Mulheres) e aquisição de equipamentos para creche no bairro Tanquinho.

Concha Acústica

O vereador Luís Donizetti Vaz Junior (PSDB) apresentou requerimento solicitando informações referentes à reforma da Concha e sobre a data prevista para a entrega do local à população.

Márcio Antônio de Camargo (PSDB) disse que também gostaria de obter respostas do prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, sobre a obra, como a retirada do piso que estava no local, para a colocação de outro.

O vereador José Márcio Franson (PT) criticou as grades colocadas no local e afirmou que, “para fazer música, não é necessário fechar do jeito que está”.

Ainda sobre a colocação do gradil, Junior Vaz disse que elaborou o requerimento porque “foi atrás de resposta” do antigo gestor da Secretaria de Infraestrutura, Meio Ambiente e Agricultura, José Roberto do Amaral, há algum tempo, e não obteve retorno.

“Quero respostas sólidas, para retornar aos munícipes a informação correta”, afirmou Junior Vaz.

De acordo com ele, as questões existentes no requerimento são: qual empresa está realizando o serviço; data do início de obras; cópia do contrato firmado; cópia das plantas do projeto de reforma; nome do servidor designado para acompanhar e fiscalizar as obras e data prevista para encerramento da reforma.

Alexandre de Jesus Bossolan (DEM) disse que o questionamento referente à Concha é “plausível”, acrescentando que, no início do mandato, ele apresentou indicações e questionamentos relacionados à reforma.

Bossolan acredita que a obra “irá demorar”. “Não quero ser pessimista, nem negativo, mas não vejo tão breve a inauguração dessa Concha. Espero que seja, quero que seja, que é um meio de acesso à cultura da nossa população”, afirmou.

Laranjeira defendeu a reforma e a colocação de grades, dizendo que os mais conhecidos jardins e praças de São Paulo e Rio de Janeiro são gradeados.

“Quero crer que o prefeito, ao propor e ao fazer determinada obra, deve ter pensado na preservação da praça”.

“Nós nunca tivemos o cuidado necessário com uma praça, que é chamada praça popular na cidade. Todos quebravam ou faziam coisas que não precisavam fazer. Acho que está sendo uma crítica ao prefeito, que não procede, mas respeitamos o direito do vereador”, finalizou Laranjeira.

Discussão

Laranjeira e Camargo protagonizaram desentendimento durante a sessão. Enquanto o vereador do PT estava falando na “explicação pessoal” dele, Camargo e Bossolan pediram para se manifestarem e não foram atendidos.

Laranjeira disse que “é nobre ser vereador da oposição” e que respeita a função, pois também já foi oposição em outro mandato, mas que defenderia o governo do qual faz parte, “até onde achar que deve”. “A impressão que tenho é de que o mandante de vocês, do ex-prefeito, é a ‘madre Teresa de Calcutá’”.

Camargo exaltou-se com o comentário do petista e disse que “trabalha para o povo” e que o vereador Laranjeira estava “fugindo” do assunto. Pediu novamente a palavra, que foi negada.

Laranjeira abordou a cassação de servidores municipais e vereadores e foi, novamente, interrompido por Camargo, que disse não saber onde estava pautado o assunto.

A discussão não passou de alterações de voz de ambas as partes. A sessão terminou sem outras confusões.