Tchau, Facebook





Recentemente li um artigo que contava sobre uma empresa que abandonou sua página no Facebook para se dedicar a outras mídias, uma vez que o alcance das publicações não estava sendo satisfatório dentro da plataforma.

A discussão sobre a queda no alcance no Facebook é longa e não deve terminar tão cedo, mas o fato é que ela está acontecendo. E se você não quer ser prejudicado, terá que pagar por isso, com o Facebook Ads. Afinal para gerar R$ 60 mil por minuto (receita estimada de Mark Zuckerberg em 2014), alguém precisa pagar a conta.

A atitude desta empresa pode parecer drástica, mas soa razoável quando pensamos no investimento de tempo, análise, verba e outros recursos que são aplicados por marcas e agências em uma plataforma terceira – nem do cliente nem da agência – e que muda as regras do jogo a seu bel prazer.

Ponderando, a ideia de abandonar todas as páginas que administramos parece fazer sentido: poderíamos nos dedicar a outras plataformas em que argumentos como “estamos filtrando os conteúdos para os usuários” não seria um problema. Onde podemos ter certeza de que nossa base de fãs, seguidores e “círculos” vai ser atingida.

A ideia de investir para conquistar fãs, além de ingênua, é vazia, já que o “Tio Mark” pode simplesmente deletar sua página a qualquer minuto com o discurso de que ela não atendia às políticas do Facebook. E é importante lembrar que tantas outras – que efetivamente não atendem a estes quesitos – continuam compartilhando conteúdos de qualidade duvidosa diariamente.

Na vida real, ainda devemos gastar mais um ou dois anos na plataforma, já que os fãs das marcas ainda estão lá compartilhando hoax e selfies. Mas é importante lembrar que não temos as rédeas da situação e, a qualquer momento, as regras do Facebook podem mudar mais uma vez e será preciso, novamente, rever as estratégias de comunicação na rede.

* Diretor da Redsuns, agência de comunicação digital com foco em performance on-line.