Vereadores abordam a estrutura de trabalho dos funcionários do Samu

GCMs responsáveis pela segurança da Casa de Leis, que receberam homenagens (foto: Eduardo Domingues)

Durante a sessão ordinária da noite de terça-feira, 19, na Câmara Municipal, os vereadores discutiram sobre a atual condição de trabalho do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) em Tatuí.

O requerimento 382/19, de autoria de Rodolfo Hessel Fanganiello (PSB), pede para que a prefeitura informe, por meio de certidão, dados referentes à base do Samu, como alvará de funcionamento, inventário atualizado, relação de veículos, manutenção do prédio e local de armazenamento de lixo contaminado.

O autor da matéria criticou a condição de trabalho no Samu e pediu aos demais parlamentares que pensem em alguma legislação que proporcione gratificação aos funcionários. Ainda solicitou que os edis “visitem e conversem com servidores do Samu, para que possam ver a realidade deles”.

Alexandre Grandino Teles (PSDB) afirmou que, na semana anterior, havia feito uma série de questionamentos ao Samu e já tinha recebido as respostas.

Ele relembrou que, desde 2010, Tatuí possui convênio firmado com o município de Itapetininga e que os atendimentos pré-hospitalares passaram a ser regulados pelo Samu com base na cidade vizinha.

Teles reforçou que a base decentralizada do Samu em Tatuí conta com seis viaturas. Segundo o parlamentar, três veículos estão em uso operacional: uma unidade avançada, composta por um enfermeiro, motorista e médico; e duas unidades básicas, formadas por técnicos de enfermagem e motoristas.

Conforme Teles, ainda há duas ambulâncias em reserva técnica e uma rural, além de um carro da marca Fiat, modelo Uno, ano de fabricação de 2013, utilizado para atividades administrativas.

De acordo com o parlamentar, há um estudo em análise para que a base do Samu Tatuí – atualmente, situada na rua 15 de Novembro, 1.369 – seja transferida para o prédio da frota da Secretaria Municipal de Saúde, na rua Prefeito Alberto dos Santos, 285, vila Doutor Laurindo, onde devem ser realizadas adequações conforme normas do Ministério da Saúde.

Teles ressaltou que a renovação da frota do Samu é feita pelo próprio Ministério da Saúde e que, até então, nunca houve repasse para aquisição de novas ambulâncias.

Entretanto, Teles salienta que o ministério já disponibilizou um termo de doação de três unidades de suporte básico. Conforme ele, no momento, a Secretaria Municipal da Saúde está aguardando publicação no Diário Oficial da União e o respectivo envio das ambulâncias por parte do governo federal.

O vereador ainda expôs que, no mês de fevereiro, precisara solicitar o serviço do Samu, pois o pai dele havia passado mal. Teles aproveitou a oportunidade para parabenizar toda a equipe. Segundo ele, “o trabalho desenvolvido foi realmente fantástico”.

Citando o convênio firmado entre o município e Itapetininga, o parlamentar Alexandre de Jesus Bossolan (PSDB) indicou a intenção de consultar o setor jurídico da Câmara sobre a possibilidade de o Samu atuar de forma independente.

Segundo Bossolan, por conta de as ligações ao Samu serem direcionadas à cidade vizinha, muitas vezes, os atendentes não conhecem as ruas de Tatuí, “causando enorme transtorno e demora na chegada do atendimento”.

Os parlamentares aprovaram, por unanimidade, todas as 34 indicações, os 83 requerimentos e as 12 moções de aplausos e congratulações apresentadas na sessão ordinária.

O vereador Nilto José Alves (MDB) protocolou matérias citando falta de medicamentos de alto custo e cobrando melhorias nas estruturas dos hospitais do município.

Na tribuna, Alves agradeceu ao deputado federal Jefferson Campos (PSB) pelo envio, à Santa Casa, de uma emenda parlamentar de R$ 300 mil. Ele garantiu ter feito novo pedido para Campos, solicitando mais emendas para Tatuí.

O presidente da Casa de Leis, Antônio Marcos de Abreu (PR), admitiu a falta de medicamentos no município, mas responsabilizou o governo estadual e o Departamento Regional de Saúde pelo problema.

Abreu afirma que muitas famílias estão sendo prejudicadas com a falta de medicamentos e solicitou que os vereadores questionem a DRS de Sorocaba.

Bossolan e Valdeci Antônio de Proença (Podemos) foram autores de dois requerimentos abordando o crime na Escola Estadual “Professor Raul Brasil”, ocorrido dia 13, em Suzano (SP). O massacre deixou dez mortos, incluindo os dois assassinos.

Ambos solicitam à prefeitura medidas que possam aumentar a segurança dos alunos e funcionários das escolas do município. Bossolan pediu, em caráter de urgência, “a instalação de detectores de metal ou algum meio que coíba a entrada de pessoas com armas nas unidades de ensino”.

Além dos detectores, Proença pede a disponibilização de um agente da Guarda Civil Municipal ou porteiros em cada uma das escolas de Tatuí. Segundo ele, “a solicitação é um pedido de muitas mães que estão preocupadas após o fato ocorrido em Suzano”.

Por iniciativa de Ronaldo José da Mota (PPS), houve moções de aplausos e congratulações em homenagem ao GCM primeira classe José Francisco Soares e ao GCM terceira classe Florisvaldo de Moura Camargo Júnior. Ambos são responsáveis pela segurança da Câmara Municipal.