Da reportagem
Novamente, a UPA (unidade de pronto atendimento) “Augusto Moisés de Menezes Lanza” foi o assunto mais debatido entre os vereadores. Na sessão ordinária de segunda-feira, 9, foram aprovados 11 requerimentos relacionados à unidade de saúde.
A maioria das matérias faz questionamentos sobre o tempo de espera para os munícipes receberem atendimento médico na UPA, que, em 17 de abril, passou a ser gerida pelo Instituto Esperança (Iesp).
Em diferentes requerimentos, Eduardo Dade Sallum (PT), Débora Cristina Machado de Camargo e Márcio Antônio de Camargo (ambos do PSDB), perguntam à prefeitura e à atual gestora sobre as medidas para diminuir o “tempo excessivo” de espera no atendimento.
Na tribuna, Débora relatou ter comparecido à UPA, horas antes da sessão, e conversado com os pacientes que aguardavam no local. Ela pediu para que o Pronto-Socorro Municipal “Erasmo Peixoto” seja utilizado para dividir a demanda, pois “a cidade está crescendo”.
Em conjunto, Cíntia Yamamoto Soares e Maurício Couto (ambos do PSDB) e João Éder Alves Miguel (MDB) questionam se o número de servidores da UPA atende à demanda.
Já o presidente do Legislativo, Antonio Marcos de Abreu (PSDB), pede o contrato firmado entre o Executivo e a Iesp para saber se ele está sendo cumprido.
Os vereadores Fábio Antônio Villa Nova e Micheli Cristina Tosta Gibin Vaz (ambos do PP) afirmaram ter recebido denúncias de que uma médica estaria “rasurando receituários para prescrever os mesmos medicamentos, alterando o nome dos pacientes”.
Eles protocolaram requerimentos endereçados ao prefeito Miguel Lopes Cardoso Júnior, ao Conselho Municipal e à Iesp, questionando se eles estariam cientes de que isso realmente estaria ocorrendo na unidade de saúde. “Não estamos acusando ninguém, mas queremos esclarecimentos”, reforçou Micheli.
Ainda relacionado à UPA, um documento apresentado por Sallum pergunta sobre a possibilidade de construção de um estacionamento aos munícipes, e Micheli sugere que a UBS (unidade básica de saúde) do Jardim Santa Rita de Cássia torne-se uma unidade de pronto atendimento 24 horas.
Ainda em relação à área de saúde, a partir de moções de autoria de Couto e de Sallum, os parlamentares celebraram a aprovação do novo piso salarial nacional aos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras.
O projeto de lei 2.564/20, que tramitou no Senado a partir de maio de 2020 e foi aceito na Câmara Federal na quarta-feira, 4, fixou o piso salarial de enfermeiros em R$ 4.750, enquanto os técnicos de enfermagem passam a receber 70% deste valor, equivalentes a R$ 3.325, e auxiliares e parteiras, 50%, chegando a R$ 2.375.
Ao longo da reunião parlamentar, os vereadores analisaram, votaram e aprovaram 117 documentos da pauta, composta por 21 indicações, 84 requerimentos e 12 moções de aplausos e congratulações.