Tatuí inaugura a nova sede da VE e a do Ambulatório de Infectologia

Espaço também abriga o CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento)

Autoridades no descerramento da placa inaugural do novo prédio da VE (foto: Diléa Silva)
Da reportagem

A Vigilância Epidemiológica, órgão da Secretaria de Saúde, ganhou uma nova sede nesta quarta-feira, 6. A prefeitura inaugurou o prédio na região central da cidade. A unidade também comportará o Ambulatório de Infectologia e o CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento).

De acordo com a diretora da Vigilância em Saúde, Rosana Aparecida Oliveira, a antiga sede, na travessa Monsenhor Magaldi, ficou pequena para abrigar os serviços, principalmente depois do surgimento da Covid-19.

“Com a pandemia, surgiram novas demandas e muitos espaços precisaram ser transformados para a nova realidade. Nossa sala de digitação precisou se transformar em almoxarifado, para armazenar os testes; desocupamos salas para abrigar as vacinas e etc. Com isso, tínhamos que nos revezar para usar as poucas salas que sobraram”, contou a diretora.

Segundo Rosana, com a nova sede, instalada na rua Juvenal de Campos, 203, “cada um dos setores tem uma sala específica, em um lugar mais moderno, amplo e confortável”.

Os serviços estão sendo oferecidos na nova unidade desde 15 de janeiro de 2022.

“Aqui, além de ser um espaço mais bonito, temos salas amplas, um ambulatório confortável. Conseguimos manter o atendimento multidisciplinar, consultório de enfermagem para acolher os pacientes, entre outras melhorias que trazem mais conforto tanto para os funcionários quanto para os pacientes que utilizam os serviços”, afirmou a diretora.

Conforme Rosana, o Ambulatório de Infectologia atende, de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 17h, os pacientes com doenças infectocontagiosas (HIV/Aids, hepatites virais, hanseníase, tuberculoses e leishmanioses), casos relacionados a violências doméstica e sexual e acidentes de trabalho com material biológico, mediante guia de encaminhamento médico.

O setor é composto por três consultórios médicos, um de enfermagem, farmácia, laboratório para coleta de exames, recepção e sala de espera.

O trabalho é realizado por uma equipe multidisciplinar, composta por infectologistas (adulto e pediátrico), pneumologista, dermatologista, psicóloga, fisioterapeuta, farmacêutica, enfermeira, técnicos de enfermagem e recepcionista.

O ambulatório também é composto pelo CTA, que realiza testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C, funcionando de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 11h, com demanda espontânea.

Das 7h às 17h, também de segunda-feira a sexta-feira, funciona a Vigilância Epidemiológica, que tem como função notificar e promover análises permanentes da situação das chamadas DNCI (doenças de notificações compulsórias imediatas), articulando ações destinadas para promoção, prevenção e recuperação da saúde.

As principais funções da equipe (composta por duas enfermeiras, dois técnicos de enfermagem, três digitadores, dois recepcionistas, dois motoristas e um médico infectologista) são relatar a disseminação e a importância do agente causador da doença com as dificuldades da saúde entre a população.

O órgão também gera informações servindo de base para a prevenção, moderação e tratamento das doenças, estabelecendo prioridades, além de identificar e investigar a causa e a origem das doenças, notificar as transmissíveis e os eventos de saúde pública e receber as vacinas de rotina e de campanhas para encaminhá-las às unidades de saúde.

Acompanhar as coberturas vacinais e emitir o Certificado Internacional de Vacinação também fazem parte do trabalho da VE. O órgão ainda é responsável por registrar os óbitos e todos os nascidos vivos e atualizar o banco de dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e de Nascidos Vivos (Sinasc), além de manter um comitê de mortalidade materno infantil.

Para isso, as dependências da VE contam com uma recepção, uma sala administrativa, duas salas de digitação, um almoxarifado e uma sala para armazenamento de vacina, chamada “Rede de Frio”.

Em pronunciamento, o prefeito Miguel Lopes Cardoso Júnior enfatizou que o espaço é bastante adequado para o trabalho dos profissionais da Saúde, inclusive para traçar estratégias contra a mortalidade infantil.

“Aqui se reunirão as equipes para definição das ações necessárias. É aqui que estão, também, as nossas vacinas (Covid-19, gripe, entre outras), que salvam vidas”, declarou, reforçando a importância do trabalho dos profissionais da área no enfrentamento da pandemia.

O prefeito também agradeceu à Elektro pela doação de um refrigerador, para o devido armazenamento das vacinas.

A O Progresso de Tatuí, o prefeito também falou da necessidade da mudança dos órgãos da Secretaria da Saúde para um espaço maior, com mais salas e conforto.

“Esses setores fizeram um trabalho imensurável na pandemia e estavam em um local pequeno para a importância que eles têm. Aqui, eles têm espaços apropriados para tudo, para o armazenamento das vacinas e de tudo o que eles precisam para atender à população”, acentuou o prefeito.

Com a mudança, o novo prédio recebeu o nome de “Regina Aparecida Coelho”. A patronesse começou a trabalhar aos 13 anos, na Loja Teles. Depois, prestou concurso público para técnica de enfermagem, na Santa Casa de Misericórdia de Tatuí.

Trabalhou, também, por seis anos na Unimed de Tatuí. De acordo com os familiares, Regina sempre teve mais de um emprego, “para construir um futuro melhor”, e não se aposentou porque tinha expectativa de voltar a trabalhar no CCE (Centro de Comunicação Emergencial) 192.

O último emprego foi no Pronto-Socorro Municipal, como técnica de enfermagem – ela estava concluindo o curso de enfermagem na Faculdade Integração Tietê (FIT). Contudo, Regina faleceu em Tatuí, aos 47 anos de idade, no dia 21 de maio de 2011.