A secretária municipal de Fazenda, Finanças e Planejamento, Lilian Maria Grando de Camargo, e o diretor do Departamento Municipal da Indústria, Marcos Bueno, viajam a São Paulo neste sábado, 6, para estreitar relações com chineses. Eles participarão do 1o Fórum Empresarial Brasil e China, evento realizado pelo Lide China e CIECBC no Hotel Hyatt São Paulo, no Itaim Bibi.
A previsão é que 180 representantes de empresas asiáticas se encontrem com empresários brasileiros e autoridades de estados e municípios. Tatuí será representado pelo Polo Industrial Tatuí, lançado pela FREDi Desenvolvimento Imobiliário no final do mês passado e que pretende atrair 50 indústrias.
O empreendimento está localizado no quilômetro 33 da rodovia Mário Batista Mori (SP-141). Conta com apoio da Prefeitura e soma investimento de R$ 30 milhões.
Bueno informou que o polo é um dos apoiadores do fórum e estendeu o convite de participação para o Executivo. Para a Prefeitura, representa oportunidade de “fazer captação de novos negócios”. “Estaremos lá especificamente para apresentar os dados da cidade”, explicou o diretor municipal.
Conforme ele, o Executivo já iniciou conversas extraoficiais com empresários para viabilizar novos investimentos – estes, não detalhados. “Isso está começando a esquentar, mas nossa prospecção será válida para 2015”, disse.
O trabalho da Prefeitura acontece no momento em que o país passa por uma “desaceleração” da economia. Neste ano, a redução no consumo forçou montadoras de automóveis a reduzir a produção. Essa medida fez com que as empresas de Tatuí, fornecedoras de equipamentos e materiais do setor metalmecânico, também freassem, resultando na demissão de mais de 600 pessoas.
Ex-secretário municipal da Indústria, Desenvolvimento Econômico e Social, Ronaldo José da Mota afirmou que as demissões tiveram impacto no município, mas menor que em 2009. “Não chegou a afetar muito, até porque, quando a empresa sente a crise, a primeira coisa que faz é negociar”, contou.
Segundo ele, as empresas têm comportamentos específicos quando em situação de retração. As multinacionais, em geral, demitem. Já as nacionais, conforme Mota, preferem adotar outras políticas. “Elas têm um apego maior ao funcionário, daí, fazem políticas de banco de hora, redução de jornada de trabalho, suspensão de contrato de trabalho e vários acordos”, comentou.
Mesmo quando há dispensas, Mota afirmou que as empresas adotam uma série de critérios para fazê-las. O mais comum deles é o PDV (Plano de Demissão Voluntária).
Segundo o ex-secretário, esse tipo de ação contribuiu para que as demissões em 2014 fossem menores que as registradas em 2009. Naquele ano, Mota disse que as indústrias do município demitiram 1.100 trabalhadores.