Da redação
Oito dos 17 vereadores deixaram os partidos pelos quais foram eleitos nas eleições municipais de 2016. Eles aproveitaram a “janela partidária” para trocarem de legenda. As mudanças foram confirmadas pelo Filia (Sistema de Filiação Partidária), disponível no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Entre os dias 5 de março e 3 de abril, os parlamentares que pretendem concorrer à reeleição ou ao cargo de prefeito nas eleições municipais de 2020 puderam mudar de partido sem risco de perderem o mandato.
Em março do ano passado, Luís Donizetti Vaz Júnior, o Júnior Vaz (Podemos) teve o mandato cassado por infidelidade partidária pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo, por não respeitar a “janela”. A cadeira dele no Poder Legislativo foi ocupada por Wladmir Faustino Saporito (PSDB).
Júnior Vaz foi reeleito pelo PSDB com 1.087 votos nas eleições de 2016 e trocou de partido em 2018. Saporito, que obteve 777 votos, também pelo PSDB, ingressou com processo reivindicando a vaga do parlamentar na Câmara.
O TRE julgou procedente a ação e decretou a perda do mandato de Júnior Vaz. Pela lei eleitoral vigente, o vereador só pode trocar de partido seis meses antes das eleições.
Conforme adiantado por O Progresso, oito parlamentares trocaram de partidos: Antônio Marcos de Abreu mudou-se do PL para o PSDB; Daniel de Almeida Rezende, do PV ao PP; Jairo Martins, do PV ao PSD; João Éder Alves Miguel, do PV ao MDB; Joaquim Amado Quevedo, do MDB ao PP; José Carlos Ventura, do PDB ao PSD; Nilto José Alves, do MDB ao PRTB; e Rodnei Rocha, do PTB ao PSL.
Com as oito mudanças de partido confirmadas pelo TSE, a Câmara Municipal passa a ter nova composição partidária. O PV, que juntamente com o PSDB, com três vereadores, era o partido com mais cadeiras no Legislativo, fica sem nenhum representante.
Já o PSDB passa a ter quatro integrantes: Abreu, Alexandre Grandino Teles, Alexandre de Jesus Bossolan e Saporito. Martins, Ventura e Severino Guilherme da Silva representam o PSD.
Três partidos ocupam duas cadeiras cada: o MDB, com Cardoso Júnior e Alves Miguel; o Cidadania, com Ronaldo José da Mota e Fernandes; e o PP, com Quevedo e Rezende.
Com Rocha e Alves, os partidos PSL e PRTB, respectivamente, “entraram” na Câmara Municipal. Sem mudanças, o Podemos, representado por Valdeci Antônio de Proença, e o PT, por Eduardo Dade Sallum, permanecem na Casa de Leis.