Piso único que dispensa escada rolante, duas lojas âncoras, um posto de combustíveis e estacionamento. O projeto inicial do futuro shopping center a ser construído em Tatuí está definido, mas passa, neste mês, por fase de “adaptação”.
O trabalho está sendo desenvolvido pela Brand You, empresa de consultoria estratégica e design de marcas, e inclui entrevistas para adaptar a proposta à expectativa dos tatuianos. “Nós cuidamos de desenvolvimento de marcas, seja de empresas, de cidades ou de shoppings”, explicou André Banchi Alves.
Com sede em Pinheiros, São Paulo, a consultoria está encarregada de criar a estratégia de marca. “Fomos chamados pelo Gilberto Schincariol e família para entendermos um pouco a cultura de Tatuí, conhecer as pessoas e alinhar isso (os dados obtidos por meio de entrevistas) com o arquiteto”, disse Alves.
Segundo informado há tempo pelo prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, Schincariol adquiriu uma área no município para construção de um centro de compras.
O empresário, beneficiado pelo Pró-Tatuí (Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Econômico e Social), pretende explorar as potencialidades de Tatuí.
O trabalho da consultoria consiste na definição do nome do empreendimento. “Nós não sabemos se vai ser Tatuí Shopping ou Shopping Tatuí, ou algum outro nome”, antecipou Alves.
Ele também informou que, em princípio, a marca (logotipo) do shopping center não está definida.
A partir das entrevistas iniciadas em março e realizadas entre abril e até o fim deste mês, os profissionais devem projetar toda a sinalização interna e externa. Também devem programar estratégia de divulgação em Tatuí e no entorno.
A concepção da marca passa por três etapas. Alves explicou que o primeiro passo consistiu na fase de discussão interna, em escritório. Posteriormente, teve início a etapa “a campo”. As entrevistas são realizadas com “pessoas relevantes da cidade”, formadores de opinião e com a população em geral.
Serão, ao todo, 35 entrevistas, cujas respostas serão utilizadas na segunda etapa do projeto. “Vamos reunir essas informações e definir o que chamamos de um posicionamento para esse empreendimento”, explicou o consultor.
A ideia é dar uma identidade ao centro comercial, como acontece com outros shoppings centers. “O JK, em São Paulo, é um espaço de moda; o Iguatemi, de alto luxo e com restaurantes importantes. E Tatuí vai pode explorar vários focos”, argumentou.
No município, as possibilidades vão desde tornar o empreendimento um ponto de encontro de jovens a ser um espaço de serviços e lojas, com foco em alimentação e entretenimento. Há, ainda, a opção de espaço cultural, com cinema e teatro.
Tanto o posicionamento como o design e a marca serão definidos a partir do próximo mês. Conforme o representante da empresa de consultoria, a escolha será feita junto com os sócios do empreendimento. Na sequência, haverá a implantação, fase na qual todos os espaços – depois de construídos – serão identificados.
Apesar de ouvir a população a respeito da expectativa, Alves disse que não haverá mudança no projeto de construção por conta da prospecção. Em outras palavras, o investimento não vai variar conforme o pensamento dos entrevistados.
“O projeto está pronto. Na verdade, o que vai ser feito é uma pequena adequação em relação à expectativa das pessoas. Muitas delas não sabem qual vai ser a cara do shopping. Então, por isso, é importante alinhar a expectativa, porque a opinião de quem vai frequentar o local é muito importante”.
Exemplo disso é que o empreendimento não terá dois ou mais pavimentos, como esperam muitas das pessoas entrevistadas. O centro comercial será construído em piso único porque os investidores entendem que a cidade e a região não comportam mais um empreendimento com uma dimensão “muito grande”.
“É um shopping plano, com entrada principal e uma série de restaurantes. Provavelmente, vamos ter duas lojas âncoras (consideradas principais), de cada lado, um estacionamento e, na ponta, um posto de combustíveis”, antecipou.
Para o consultor, a ideia apresentada pelas pessoas na fase de entrevistas é “natural”. Alves afirmou que todos querem sempre o melhor (como dois andares e escadas rolantes). Entretanto, citou que esse tipo de investimento seria inviável para o padrão que está sendo desenhado para o município.