Servidores municipais podem aliar-se a greve por reajuste





A presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Cláudia Adum, que até a semana passada disse estar com esperança de conseguir rejuste salarial maior que 5,66%, afirmou não ser mais possível que o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, atenda aos pedidos da entidade e dos funcionários públicos.

Conforme a assessoria de comunicação da Prefeitura, o projeto para reajuste salarial dos servidores municipais, de 5,66%, deverá entrar em votação até o final deste mês, uma vez que, em junho, o aumento deverá constar nas folhas de pagamentos.

Cláudia contou que usou “todos os argumentos que pôde para tentar convencer o prefeito a conceder um aumento maior”.Porém, afirmou ter encerrado as negociações.

“Já fiz tudo que tinha de fazer, agora, como existe a possibilidade de greve, vamos mapear o que poderia ser essa greve e quantas pessoas participariam”, afirmou a presidente.

Conforme Cláudia, ela e membros da diretoria do sindicato estão promovendo assembleias setoriais para conversar com funcionários municipais, a fim de decidirem, juntos, se entrarão em greve ou aceitarão o reajuste definido pela Prefeitura.

De acordo com a presidente, o Sindicato dos Servidores Municipais somente apoiará a decisão de greve se a maioria dos funcionários concordar.

“É muita responsabilidade decidir se haverá greve ou não, porque ela pode ser considerada legal ou ilegal, e eu não posso tomar essa decisão sozinha. Não posso deixar de avisar o que eles (servidores) podem estar perdendo, temos que deixá-los conscientes de que há possibilidade de dar certo ou não”, ressaltou.

Segundo Cláudia, se houver adesão à greve, ela terá de ser “maciça, com bastante gente participando”. “Se forem poucas pessoas, o prefeito não vai ligar, e os servidores não terão o resultado que pretendem, que é um aumento maior, de 9,5%”, argumentou a presidente.

Após as assembleias em todos os setores serem finalizadas, se a maioria votante decidir que é melhor não aderir à greve, a entidade não apoiará.

“Vamos ser prudentes e ponderados, é necessário ver com todos, quem quer e quem não quer”, ressaltou a presidente.

De acordo com Cláudia, é possível que haja greve mesmo se, por votação, for decidido que o sindicato não apoiará a manifestação. Isto porque, segundo ela, “algumas pessoas e professores já afirmaram que irão manifestar-se”.

Na terça-feira, 27, provavelmente, a presidente da entidade terá parecer se os servidores vão tentar a greve, ou se aceitarão os termos do projeto, pelo menos até o ano que vem.

A assessoria de comunicação da Prefeitura afirmou que não será possível atender aos pedidos de reajuste salarial maior para os servidores municipais e lamentou a possibilidade de greve.