Da redação
O túmulo da ex-prefeita Maria José Vieira de Camargo foi pichado e o jazigo de outra pessoa (cuja identificação não divulgada), violado na segunda-feira, 9. A prefeitura confirmou os crimes cometidos no cemitério “Cristo Rei” por meio de nota, informando que eles ocorreram “em momentos distintos”.
A assessoria de comunicação do Executivo revelou que os casos estão sendo apurados pela Polícia Civil. Também informou que uma equipe de peritos esteve no campo santo, na manhã de ontem, terça-feira, 10, em busca de provas e indícios de autoria.
No cemitério, os peritos encontraram uma lata de spray, que teria sido usada na pichação ao túmulo da ex-prefeita. Maria José faleceu em agosto do ano passado. A lata já está em poder dos peritos. Ainda não há informações se o crime foi cometido por uma ou com a participação de mais pessoas.
Ainda na manhã de ontem, a prefeitura restaurou os túmulos vandalizados e, pela nota pública, solidarizou-se com as famílias. O Executivo também acrescentou que está colaborando com o trabalho policial e providenciando a melhoria da segurança do local, incluindo a implantação de câmeras internas de monitoramento.
Na sexta-feira, 6, outro túmulo teria sido vandalizado no Cristo Rei. A situação fora compartilhada em rede social por uma familiar. A postagem mostra uma foto arrancada do jazigo e jogada ao lado, além de depredações no revestimento.
Somando com a pichação e a violação desta semana, o crime é o quarto cometido no mesmo cemitério neste ano. Na madrugada de 23 de janeiro, uma sepultura foi depredada. Além de danificar a estrutura, os criminosos furtaram o crânio de um homem que estava sepultado havia quase seis anos.
A violação foi descoberta por um funcionário do cemitério, que havia notado o crime assim que chegara para trabalhar. Ao perceber o vandalismo, ele chamou a família da vítima e guardas civis.
Ao lado do jazigo, a GCM encontrou uma barra de ferro, provavelmente usada no arrombamento. Conforme a GCM, a urna funerária depositada no jazigo estava aberta, a terra, revirada e os restos mortais do homem sepultado no local encontravam-se espalhados pelo chão. Após a chegada da perícia técnica, os administradores do cemitério e os peritos constataram a falta do crânio da ossada.
Segundo o boletim de ocorrência, os administradores e um filho do homem sepultado no jazigo foram ouvidos na Delegacia Central. O delegado plantonista determinou o registro da ocorrência para abertura de inquérito policial.
A instalação de câmera foi confirmada na tarde de ontem, pelo prefeito Miguel Lopes Cardoso Júnior. Em comunicado, ele informou que a vigilância começou a ser realizada a partir de terça-feira. As imagens são transmitidas em tempo real para a Central de Monitoramento, que fica na sede da GCM.
“Diante de situações de vandalismo junto aos túmulos, estamos tomando também outras decisões importantes, como a melhoria de iluminação pública e colocação de mais vigias no local”, afirmou.
Cardoso Júnior ainda lamentou os fatos ocorridos e, assim como a prefeitura, solidarizou-se com as famílias. “Estamos empenhados sempre em ouvir e buscar soluções imediatas para os desafios que se apresentam todos os dias na administração municipal”, concluiu.