Seleção de acesso





Interessante como as denominações mudam constantemente. Substituem-se palavras, termos e há renovações linguísticas. No meio futebolístico, atualmente se denominarmos uma seleção de “acesso” o que poderia significar?

Era comum também nos anos 1960 o tal “campeonato de aspirantes”. Nos anos 1940 e 1950, havia o tal “torneio início”. Houve época em que os campeonatos de futebol eram divididos em categorias. Conforme as faixas etárias, começavam com os “mirins”; depois, “infantis” e, finalmente, os “juvenis”, contrastando como os “sub” alguma coisa de hoje e os “juniores”.

Enfim, as denominações mudam. Um grande exemplo é o campeonato paulista de futebol de hoje, conhecido como “Paulistão”.

Nos anos 1960, se valorizava demais os clubes do interior, em se tratando do futebol paulista. Era, afinal, o denominado “celeiro” de craques, quando ótimos jogadores surgiram, um número grande de revelações.

Para melhor apurar isso, se constituíam seleções, uma maneira de avaliar, de fato, as condições técnicas dos selecionados. Quando não vestiam a camisa da seleção paulista para torneios até internacionais, envergavam a camisa “canarinho” para representarem o país.

A foto mostra a seleção brasileira de acesso, na verdade, uma seleção paulista de jogadores do interior de São Paulo, defendendo o Brasil no Campeonato Sul-Americano de Novos, no dia 25 de janeiro de 1962, com uma vitória: Brasil 3 a 2 Chile, em Lima, no Peru, com gols de Paulinho, Picolé (São Bento, de Sorocaba, entrou no segundo tempo) e Vicente, comandados pelo treinador Sílvio Pirillo.

Podemos recordar esta seleção. Em pé: Esnel (Ponte Preta), Cláudio Cortegiano, Clóvis (ambos da Portuguesa, de Santos – SP) Vicente (Prudentina), Roberto, Gilberto e o massagista Bianchi. Agachados: massagista Santana, Adamastor (América, de Rio Preto), Paulinho (Ponte Preta), Ademar Pantera (Prudentina), Bibe (Ponte Preta) e Neves (São Bento, de Marília). Muitas lembranças são histórias e curiosidades do futebol.

NOTA: As fotos são do arquivo pessoal do autor, que data de 50 anos. Ele, como colecionador e historiador do futebol, mantém um acervo não somente de fotos, mas de figurinhas, álbuns, revistas, recortes e dados importantes e registros inéditos e curiosos do futebol, sem nenhuma relação como os sites que proliferam sobre o assunto na rede de computadores da atualidade