Na quinta-feira, 15, a Secretaria Municipal de Saúde promoveu, no plenário “Vereador Lourenço Cristobal Blanco”, da Câmara Municipal, palestra sobre atendimento às vítimas de violência sexual.
Cerca de 52 pessoas, entre profissionais das Secretarias de Saúde, da Educação e do Trabalho e Desenvolvimento Social, estiveram presentes, além da representante do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Maria Cláudia Adum.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Jerônimo Fernando Dias Simão, o objetivo do encontro foi esclarecer o fluxograma das vítimas de violência no município e como os profissionais devem agir perante a ocorrência de casos de abuso sexual.
“Apresentamos o que cabe à Secretaria Municipal de Saúde fazer nesses casos. Muito tem se falado sobre a instalação de um Instituto Médico Legal (IML) em Tatuí. Mas, isso não compete a nós, e sim à Secretaria de Segurança Pública do Estado, já que é um órgão que pertence à Polícia Civil”, declarou Simão.
“Portanto, o que nos compete é prevenir, atender e notificar. É o atendimento de urgência e emergência, a anticoncepção de emergência, a profilaxia para hepatite B, a prevenção a DST/Aids e o acompanhamento nas unidades básicas de saúde, incluindo a Rede de Atenção Psicossocial”, esclareceu.
Na palestra, Simão apresentou dados sobre a violência sexual no município, a diferença entre acidente e violência sexual – de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID), da Organização Mundial de Saúde -, o que fazer na suspeita ou evidência de violência sexual, como proceder diante de uma vítima e o que acontece quando uma pessoa, seja ela criança, idosa, mulher ou homem, sofre violência sexual.
Neste último caso, de acordo com o secretário, o fluxo é, primeiro, o acolhimento com escuta qualificada; depois, a consulta médica, o acionamento da polícia e do respectivo conselho de direito, e o encaminhamento à Delegacia de Polícia, que fica responsável por levar ao IML de Itapetininga.
No IML, o médico legista examinará a pessoa, que depois é levada à Vigilância Epidemiológica de Itapetininga (nos dias úteis em horário comercial), ou ao Pronto-Socorro do Hospital de Itapetininga (aos finais de semana, feriados ou período noturno), onde serão notificados os casos e realizados exames e medicamentos para profilaxia de doenças, bem como anticonceptivo de emergência para gravidez.
Após esses procedimentos, a vítima é encaminhada para o município de origem, para acompanhamento ambulatorial junto à Vigilância Epidemiológica, onde passará por acompanhamento médico e psicológico de 180 dias, ou no que se fizer necessário.
Nos casos graves de violência, em que a pessoa corre risco de morte, o atendimento é realizado junto à Santa Casa de Tatuí, com a devida especialidade, seja ela ginecologia ou com cirurgião-geral.
Ele ainda ressalta que, em casos de violência sexual, há telefones importantes de atendimento, tais como: Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência; Disque 100 – Direitos Humanos; 192 – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu); 136 – Disque Saúde; e 190 – Polícia Militar.
Já em Tatuí, os telefones para contato das unidades pertencentes à Saúde são: Pronto-Socorro – 3251-8722; Vigilância Epidemiológica – 3259-6358; Casa do Adolescente – 3205-2819; Cemem e Saúde Mental – 3259-0051; Samu – 192; e Secretaria Municipal de Saúde – 3305-8855.