Saúde confirma o primeiro caso de dengue hemorrágica do município

Ações de combate a dengue incluem o “fumacê” nas margens do ribeirão do Manduca (Foto: AI/Prefeitura)
Da reportagem

A Vigilância Epidemiológica, órgão da Secretaria Municipal de Saúde, anunciou na manhã de quarta-feira, 15, o primeiro caso de dengue hemorrágica em Tatuí. A vítima é um homem de 40 anos. Ele estava foi internado na terça-feira, 14, no hospital da Unimed.

A coordenadora do Setor de Combate à Dengue, Rosana Alves dos Santos Lopes, explicou que a dengue hemorrágica é considerada mais grave que a chamada dengue “clássica” porque pode levar o doente à morte.

Rosana admite que a doença pode continuar a se manifestar na cidade, caso não haja envolvimento maior da população para erradicar os focos de reprodução do mosquito Aedes Aegypti (transmissor do vírus causador da dengue).

“A dengue hemorrágica é um agravante da dengue clássica. Por isso que a gente pede muito para a população ficar atenta. Por causa desta pandemia, o pessoal esqueceu um pouco dos cuidados para evitar os criadouros, e disparou o número de casos na cidade”, apontou a coordenadora.

Até a manhã de sexta-feira, 17, a cidade havia registrado 177 notificações da doença, sendo 116 descartadas e 61 pacientes confirmados, contando com o caso de dengue hemorrágica. Dos positivos, 43 são autóctones (contraídos no município) e 18, importados (adquiridos em outras cidades).

Os bairros mais afetados até o momento são: centro, Jardim São Conrado, vila São Paulo, Nova Tatuí, Jardim Santa Rita de Cássia, vila Dr. Laurindo, Jardim Wanderley, Residencial Astória, Santa Cruz, Tanquinho, Jardim Planalto, vila Santa Luzia, Vvila Brasil, vila Angélica, Jardim América, Residencial Santa Maria e Jardim Bela Vista.

De acordo com a secretária Municipal da Saúde, Tirza Luiza de Melo Meira Martins, com o foco do mosquito já instalado, a pasta intensificou as orientações de cuidados em todos os bairros simultaneamente.

Segundo ela, os funcionários – devidamente identificados e paramentados – estão passando de casa em casa, orientando os moradores para a eliminação dos criadouros do mosquito.

“Nos próximos dias, a nossa ação vai ser muito forte com a dengue também. Temos três epidemias andando juntas: a Covid-19, a dengue e a H1N1, e vamos também fazer uma campanha casa a casa para falar sobre todas elas”, enfatizou a secretária.

O Centro de Controle de Zoonoses também está realizando a nebulização (aplicação de inseticida) pelas ruas dos bairros onde foram registrados os casos autóctones.

“É preciso usar o repelente e, principalmente, cuidar do quintal. Uma simples tampinha de garrafa com água pode servir de criadouro para o mosquito. Além disso, é necessário manter piscinas devidamente tratadas e cloradas, olhar periodicamente as calhas, a caixa d’água, os vasos de plantas, os ralos, os bebedouros de animais, os pneus e as garrafas”, finalizou Rosana.

Dúvidas sobre os sintomas da dengue ou denúncias sobre possíveis criadouros do mosquito podem ser esclarecidas e ou informadas pelo telefone de acesso público, o 08007701666, que funciona todos os dias das 7h às 22h.