“Estamos esperando a formalização da documentação, mas as negociações continuam”. O vice-provedor da Santa Casa, Máximo Machado Lourenço, informou que o hospital não encerrou as negociações com as operadoras de planos de saúde.
Por telefone, ele conversou com a reportagem de O Progresso. Na ocasião, afirmou que o posicionamento de não continuar a discutir o credenciamento partiu do diretor comercial da Cosfer e não do hospital. “Terminou para ele, que não ofereceu nem contraproposta”, disse Máximo.
O vice-provedor afirmou que a diretoria não vai ceder a pressões, mas que continua com a proposta de viabilizar a vinda de novos planos de saúde para atendimento via Santa Casa. “Nós estamos buscando uma forma de beneficiar o hospital. Tudo está sendo negociado. Não sei por que tanto barulho”, declarou.
Máximo afirmou que a diretoria do hospital está conversando com diversas operadoras. Sustentou que a entidade não pode “ficar refém” de um determinado representante e que a diretoria não “inventou” os termos da proposta.
Conforme ele, antes de realizar o credenciamento, a diretoria precisa adotar outras medidas. Entre elas, as negociações com os médicos para o atendimento junto às novas operadoras. “Se fecharmos um contrato hoje, corremos o risco de não termos a parte hospitalar para oferecer”, exemplificou.
Máximo também afirmou que as propostas constadas no documento enviado ao diretor comercial da Cosfer são as mesmas trazidas pelo corretor que atua para outra operadora. De acordo com ele, um representante da Amil – com quem há contato – é que teria negociado os termos.
De acordo com o vice-provedor, não seria justo para com a Amil que as outras operadoras tivessem condições diferenciadas para obterem credenciamento.
Uma cópia do documento com a proposta inicial feita pelo corretor da Amil foi solicitada pelo vereador Ronaldo José da Mota (PPS) na semana passada.
Ela deverá ser entregue pela provedoria da Santa Casa nos próximos dias e, depois, repassada pelo vereador ao diretor comercial com quem mantém contato.
A provedora Nanete Walti de Lima explicou que Mota solicitou cópia do documento depois de ter questionado os termos da proposta de credenciamento.
“Nós mandamos uma proposta igual à que tínhamos recebido. O corretor dele (do vereador) queria uma carta por escrito. E ela está para chegar”, comentou.
Nanete afirmou que os termos constantes na proposta são “de praxe” das operadoras. Adicionou que o hospital está trabalhando para permitir a vinda de novos planos de saúde e “jogando limpo e aberto” com todos os corretores.
