Rotary Cidade Ternura vai entregar refeitório ao ‘Recanto’ em 2 meses





A construção do refeitório do Recanto do Bom Velhinho está em fase avançada. Com cerca de 80% da obra concluída, a previsão do Rotary Club Cidade Ternura é que a entrega do novo local de alimentação dos idosos aconteça no final do mês de abril.

Atualmente, para se alimentar, os 52 internos precisam dividir espaço com capacidade para 12 pessoas. Como o antigo refeitório era pequeno, os idosos almoçavam ou jantavam embaixo de árvores ou em sofás, segundo o administrador do Recanto do Bom Velhinho, José Joaquim Mendes Castanho.

“A gente leva as bandejas com a refeição para os velhinhos onde eles estiverem. Como o refeitório é pequeno, nem todo mundo tinha paciência de esperar para comer”, contou.

A ideia da construção de um novo refeitório surgiu de uma visita de membros do Rotary Club Cidade Ternura, que teriam ficado surpresos com a falta de espaço para as refeições.

“O pessoal do Rotary sempre vem nos visitar e, em uma dessas visitas, eles viram como é o almoço aqui. Foi então que tiveram a ideia de construir o refeitório”, lembrou.

O local terá capacidade para 80 pessoas e total acessibilidade, que facilitará o almoço de cadeirantes, os quis somam 15 internos. De acordo com Castanho, a sala abrirá a possibilidade de aumentar a integração entre internos e parentes. Com ela, será possível fazer confraternizações com maior conforto.

“O espaço é grande. Todos os meses a gente faz festinhas de aniversário para os idosos, e, agora, abre a possibilidade de os parentes virem participar das comemorações”, declarou.

A construção do refeitório é realizada com a ajuda da população. No início da campanha, o Rotary Clube Cidade Ternura abriu um bazar para arrecadar fundos para a obra.

A administração do bazar ficou sob responsabilidade da presidente da Casa da Amizade, Ana Virgínia Barros Leite de Paula, conforme lembrou o presidente do Rotary, Rubens Leite de Paula.

“Meu filho cedeu uma casa na rua São Bento para a gente montar um bazar e conseguimos R$ 38 mil com as vendas. Abrimos uma conta do Rotary no Banco do Brasil e, a cada dois dias, o que tinha de dinheiro em caixa ela depositava”, explicou.

Além de doações de roupas para o bazar, a população ajudou comprando e, também, doando material de construção para o Recanto.

“Eu saí atrás de amigos que são donos de cerâmica, que mexem com ferro, com areia, e assim por diante. Fui conseguindo donativos até levantar as paredes. O que tem lá, 80% pronto, foi tudo desse jeito, com doações em geral”, afirmou.

O que não conseguiu de doação, Paula adquiriu com a poupança do bazar. O forro e as telhas foram comprados com esse dinheiro, informou. “Chegou uma hora em que tivemos que por o forro, que ficou em R$ 4.000. Conseguimos por bastantes coisas, mas agora o dinheiro do bazar que está bancando”.

A construção conta com apoio da Prefeitura, que cedeu a mão de obra. “Conversei com o prefeito e ele topou ajudar. Então, tem um pedreiro da Prefeitura direto na obra”, contou.

A construção está na fase de acabamento. As paredes internas já foram rebocadas e o contrapiso já foi feito. Agora, falta rebocar as paredes externas e revestir o chão com piso.

Segundo Paula, a administração dos recursos e dos donativos é feita de forma transparente. Os recibos de compras e os cheques emitidos para pagamento ficam guardados com o tesoureiro do Rotary Club Cidade Ternura.

A construção, disse o presidente, “mostra que o Rotary pode e deve fazer grandes obras em benefício de entidades”. “O nosso clube é de serviços. Ir lá para almoçar e ficar conversando não vira nada. A gente precisa, sempre, fazer alguma coisa para a humanidade”, disse.

Donativos

Segundo o administrador do Recanto do Bom Velhinho, a entidade precisa de doações de fraldas geriátricas. A compra do material gera despesa elevada para a entidade, mantida com doações de pessoas físicas e recursos municipais e federais.

“Nós gastamos cerca de cinco fraldas por dia com os 20 idosos que precisam usá-las. São quase 3.000 fraldas por mês”. A fralda tamanho extragrande, que é a mais usada, custa R$ 1,51 cada unidade, informou Castanho.

“As pessoas que quiserem doar, qualquer tipo de alimento, fraldas ou outras coisas, podem levar diretamente no Recanto ou nos ligar, que vamos buscar”, disse.

O Recanto do Bom Velhinho fica na rua Professor Ary de Almeida Sinisgalli, 235, Jardim Vale da Lua. O telefone da entidade é o 3251-2669.