Qual é a nossa meta?





A Escola Espiritual da Rosacruz Áurea segue a tradição das escolas iniciáticas do passado, particularmente a sabedoria consolidada nos Evangelhos, no Corpus Hermeticum (séculos 2 e 3) e nos manifestos rosa-cruzes (século 17, na Alemanha). Esse conhecimento universal e perene (Gnosis) foi repassado por uma Corrente de Fraternidades e chegou até nós, nos dias de hoje.

No artigo anterior falamos a respeito da criação e da queda de um grupo de microcosmos divinos que, ao invés de seguir a lei de “tudo receber, tudo abandonar e tudo renovar”, reteve a força criadora e assim implodiu e decaiu de vibração. Esse fenômeno é conhecido como “a queda”.

Os que não decaíram continuaram sua ascensão em outras regiões cósmicas. Essas outras regiões não estão distantes de nós, mas nossa consciência tridimensional não pode percebê-las, pois pertencem a outras dimensões espaço-temporais. Mas, como “Deus não abandona a obra de suas mãos”, os decaídos tiveram uma nova oportunidade em nosso mundo de emergência material.

Eles haviam perdido um dos polos magnéticos que compunham seu núcleo, sua alma. Assim, a alma não conseguia mais manifestar um corpo para o Espírito. Por isso, para cada microcosmo que perdeu um polo receptivo (negativo) ou dinâmico (positivo) foi criada uma personalidade para substituí-lo. Essa personalidade, criada de matéria terrestre, somos nós, mortais comuns, em uma casa microcósmica onde brilha a centelha divina e imortal – o que restou do ser primordial. Mesmo não tendo sua condição original, essa centelha ainda guarda em si a memória (a reminiscência) do plano divino.

Mas como se manifesta esse plano para os microcosmos decaídos? É um plano de resgate! Para voltar à sua condição vibratória divina, é necessário haver uma religação da centelha com o Espírito de Deus, com a fonte de energia que é tudo no todo.

Mas, como fazer isso depois que esses seres perderam um polo magnético e decaíram de vibração? No mundo do espaço-tempo, a personalidade deve ser uma auxiliar constante da centelha divina (a flor de lótus ou a rosa do coração). Assim, a centelha pode se desenvolver e voltar a ter sua condição vibratória original, tornando-se una com o mundo divino e com todas as suas “irmãs” – as que decaíram com ela e as que permaneceram no “mundo da Luz”.

Infelizmente, a personalidade apoderou-se do sistema microcósmico como um soberano absoluto – e é por isso que nosso individualismo e egocentrismo imperam até hoje!

Mas, se tomarmos consciência de nossa condição e deixarmos que o processo de resgate seja liderado pela reminiscência da centelha divina, que tem conhecimento de todo o plano, então saberemos que cumprimos nossa missão.

* Aluna da Escola Espiritual da Rosacruz Áurea

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