Primeira “Noite da Seresta” do ano será em homenagem a Célia Holtz

Ilustres tatuianos homenageará jubileu de diamante de Célia Holtz (foto: AI Prefeitura)

Nesta sexta-feira, 15, às 19h, no Museu Histórico “Paulo Setúbal”, a prefeitura, por meio da Secretaria de Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, dará início à temporada 2019 do projeto “Noite da Seresta com Ternura”.

A noite será especial, em comemoração ao jubileu de diamante (75 anos) da tatuiana Célia Maria Oliveira Holtz, a Celinha Holtz, com uma exposição de fotos sobre a vida dela, que ficará disponível para visitação no museu até o dia 11 de abril, sempre de terça-feira a domingo, das 9h às 17h.

A exposição faz parte do projeto “Ilustres Tatuianos”, uma ação colaborativa entre o museu e o Grupo Seresteiros com Ternura, que, conforme o diretor municipal da Cultura, Rogério Vianna, foca na tradição seresteira, considerada grande manifestação da cultura brasileira.

“Por ser museu histórico, temos que contar a história da cidade e dos cidadãos que nela vivem. Esta ação é um colírio, porque amplia a visão e traz a população, que já conhece a expografia, de volta para o museu em busca de outras atividades, o que é uma oportunidade para relembrar e revisitar a casa de Paulo Setúbal”, salientou o diretor.

Em 2018, os projetos “Noite da Seresta com Ternura” e “Ilustres Tatuianos” passaram a homenagear personalidades do município, entre as quais: José Celso Módena, Iracema Medeiros Thomas (Loló), Aurélio Serrão Correa (Hélio Beijo-Frio), Simeão Sobral, Maria Inês Camargo, Wilson Bertrami e Roberto Rosendo.

Neste ano, dos meses de março até dezembro, dez personalidades estarão recebendo homenagens, que configuram em uma exposição de fotos junto com o histórico de vida, passando a fazer parte do acervo do museu.

“As homenagens são mensais e contam com exposições, porque as pessoas gostam de conhecer o homenageado. Às vezes, nós vemos as pessoas na rua, sabemos que foram importantes para Tatuí, mas não conhecemos a história. Aqui, poderão saber mais”, argumentou.

Segundo Vianna, o projeto foi um dos responsáveis por aumentar o público visitante do MHPS no ano passado. De acordo com levantamento divulgado pelo museu, em 2017, foram realizadas 160 ações, somando 33.707 atendimentos.

Já em 2018, o índice de atividades subiu para 166 e o registro de visitantes chegou a 48.259 – o que representa 14 mil pessoas a mais que no ano anterior.

O Museu Histórico “Paulo Setúbal” fica na praça Manoel Guedes, 98, centro. Mais informações podem ser obtidas pelo fone 3251-4969.

A homenageada

Célia Maria Oliveira Holtz, filha de Paulo Holtz e Francelina Machado Oliveira Holtz, nasceu em Tatuí a 6 de março de 1944, na praça Martinho Guedes (Jardim da Santa), sob as mãos da parteira “dona Malvina”.

Fez parte da primeira turma do Jardim da Infância (1950), situado na praça da Bandeira. Depois, estudou na Escola Modelo e realizou o curso de formação de professores primários, entre os anos de 1961 e 1963, e de aperfeiçoamento, em 1964, no Instituto de Educação “Barão do Suruí”.

Em Tatuí, participou, em 1964, do Censo Escolar, promovido pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.

Graduou-se no curso de pedagogia pela Faculdade Metropolitana Unidas (FMU), de São Paulo, em 1971, sendo habilitada em técnicas e recursos auxiliares ao ensino de excepcional e treinamento de pessoal.

Ainda possui formação acadêmica acrescida com o mestrado em tecnologia educacional, realizado no Instituto de Pesquisas Especiais (INPE), de São José dos Campos. No exterior, realizou, em 1972, curso de especialização em psicopedagogia, na Louisiana State University (EUA).

Na vida profissional, realizou docência de ensino de 1º grau entre 1964 e 1972. Atuou na Apae São Paulo em 1972, e no setor de treinamento da Pirelli. No Rio Grande do Norte, participou como instrutora do treinamento dos elementos pertencentes ao grupo de avaliação do INPE.

Teve diversos trabalhos publicados, entre os quais, destacam-se: relatório sobre a pesquisa “Efetividade do Guia do Professor”, em 1973; “Guia do Professor” (150 programas para a 1ª série – TV e 150 programas para a 3ª série – Rádio), em 1973 e 1974; proposta de um estudo de observação da interação em sala de aula nas escolas do Projeto Saci/Exern, em 1975; treinamento de equipe em teleducação para a Secretaria do Rio Grande do Norte, em 1975.

Foi filiada à ABT (Associação Brasileira de Teleducação, em São Paulo). Participou do III Congresso Brasileiro de Deficiência Mental, em 1972, realizado na cidade de Guarujá; da 28ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, em 1976, na cidade de Brasília; do I Seminário de Análise Ocupacional do Senai; da II Conferência Brasileira de Educação, em Belo Horizonte, em 1982.

No mesmo ano, participou do curso de desenvolvimento de pedagogia criativa (Método Freinet), realizado na Universidade Federal de Sergipe; e do I Simpósio de Ensino de Física do Nordeste, em 1984.

Ao longo da carreira, em 1978, foi professora assistente da Universidade Federal da Paraíba, na cidade de Campina Grande, no Departamento de Educação e Humanidade.

De 1978 a 1981, foi professora visitante da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no Departamento de Comunicação Social; e professora assistente nível IV do Departamento de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Em Natal, permaneceu até a aposentadoria. Logo depois, voltou para Tatuí, onde permanece até os dias atuais.

A volta à cidade foi marcada por trabalhos sociais no Jardim Gonzaga e, há dez anos, no Lar São Vicente de Paulo, ocupando diversos cargos na diretoria, onde assumiu a responsabilidade de gerir o Bazar do Lar, que, atualmente, é a segunda fonte de renda da entidade.

Ele acontece toda quinta-feira, das 13h30 às 17h, na rua Professor Francisco Pereira de Almeida, s/nº. Lá Celinha tem uma equipe com 12 voluntários, seguindo os passos da família Holtz no desenvolvimento social.