Em convenção estadual do Podemos, realizada no domingo, 22 de julho, Luís Donizetti Vaz Júnior teve o nome homologado como pré-candidato a deputado estadual.
Servidor público, bacharel em direito, vereador em segundo mandato e atual presidente da Câmara Municipal, o pastor da Igreja O Brasil Para Cristo é presidente estadual da Jubrac (Juventude Unida O Brasil Para Cristo).
“Já fui assessor, estou no segundo mandato de vereador e há quase dois anos como presidente da Câmara. São experiências que me fizeram crescer e me prepararam para pleitear o cargo de deputado estadual”, declarou Júnior Vaz.
Segundo ele, “a experiência seria muito válida para atuar na função”, pois ele entende que o trabalho no Legislativo Municipal seria semelhante à atividade exercida em âmbito estadual.
“É como o vereador na cidade. Nós devemos legislar e fiscalizar as ações do Executivo. Da mesma forma, o deputado estadual legisla e fiscaliza os atos do governador”, sustentou.
Junior Vaz declarou acreditar que “seria muito benéfico eleger um deputado estadual nascido no município”. Segundo ele, isso colocaria Tatuí à frente de outras cidades que não devem conseguir contar com um representante.
“A cidade se torna um ponto de referência para o governo do Estado. Tatuí é grande, merece e não pode abrir mão de ter um deputado”, alegou.
Além disso, o candidato sustenta que o deputado estadual atua com atenção à cidade natal.
“Quem nasce em Tatuí ama a cidade. O deputado pode destinar emendas em conjunto com o município e auxiliar no desenvolvimento de diversas áreas que necessitam de melhoras”, disse.
O pré-candidato apontou que a área de atuação da campanha dele deve chegar a 350 municípios, número superior à metade das localidades do Estado, que conta com 645 cidades.
Júnior Vaz disse que o fato de ser filiado ao Podemos poderia ajudá-lo a ser eleito. Segundo ele, o partido não deve lançar coligações e seria uma chapa “pura” para deputado estadual. Isso faria com que não necessitasse de tantos votos como os concorrentes, conforme declarou.
“Devemos buscar uma cadeira com um número mais baixo de votos, em relação a partidos maiores, que dependem de uma votação mais expressiva. Essa é a nossa oportunidade de eleger um deputado”, acentuou o pré-candidato.
O vereador afirma que, se eleito, levará à Assembleia as propostas de própria autoria que julga ter gerado resultados positivos em Tatuí.
Ele faz questão de mencionar a redução do tempo de recesso da Câmara Municipal, que era de 89 dias e foi diminuído para 56.
Segundo Júnior Vaz, o menor tempo de paralisação auxilia a cidade. “Quanto menor o tempo de recesso, maior o tempo dos trâmites dos processos e projetos para serem finalizados, para os benefícios chegarem até a população”, afirmou.
O pré-candidato também aponta um projeto de resolução e proposta de emenda à LOM (Lei Orgânica do Município), aprovado em novembro de 2017.
O projeto previa o fim do voto secreto, recurso que podia ser usado pelos parlamentares em ocasiões específicas, como impeachment de prefeito, afastamento de vereador e concessão de título de cidadania.
“Acabamos com o voto secreto na Câmara Municipal porque havia o entendimento que o munícipe devia ter transparência na atuação dos vereadores”, pontuou.
Ele indica que irá expandir o projeto de lei 001/18, do Poder Legislativo de Tatuí, que proíbe fogos de artifício que causam estouros e estampidos. O PL foi aprovado em primeiro e segundo turno na última sessão extraordinária da Câmara Municipal, realizada na terça-feira, 17 de julho.
“Essa lei é polêmica, mas eu tive coragem de colocá-la em votação em Tatuí e foi aprovada. Tenho a intenção de brigar e promulgá-la por todo o Estado de São Paulo”, prometeu.
“Os estampidos podem prejudicar quem tem problemas cardíacos ou os autistas que ficam em pânico. Sem contar os cachorros, que podem até morrer de medo ou fugir para a rua, podendo ser atropelados e causar outros acidentes”, declarou.
“Entendo ser uma atitude em benefício do próximo. Volto a afirmar: não sou contra os rojões e a beleza dos fogos de artifício, mas sem o barulho”, declarou.
Júnior Vaz falou que, durante o período em que ocupa a presidência da Câmara, tem economizado os recursos da Casa. Segundo ele, em 2017, foram contidos cerca de R$ 2 milhões, devolvidos ao município. Metade do valor teria sido encaminhado para o pagamento do 13o salário dos funcionários da Santa Casa.
O restante, segundo o vereador, teria sido destinado para a compra de remédios, novos equipamentos e material cirúrgico para o setor de saúde da cidade. A economia ainda teria auxiliado no recapeamento da estrada do bairro Congonhal.
“Poderíamos fazer grandes obras no prédio da Câmara, mas não é o momento. Pagamos em dia os funcionários, assessores e vereadores, sem gastar com nada supérfluo”, afirmou.
O político alega que lutará “fortemente”, se eleito, para erguer duas bandeiras: justiça social e emprego. Na questão de justiça social, Júnior Vaz assegura que pretende “desburocratizar as ajudas do governo, visando incentivar entidades e associações que trabalham pelo bem da sociedade”.
Sobre o desemprego, adiantou que planeja atuar na diminuição dos impostos estaduais. Segundo ele, São Paulo é o Estado brasileiro que mais cobra impostos da população e de empresas.
“O Estado tem de diminuir os impostos para atrair as empresas e para que elas permaneçam. Assim, abriria as portas para que os trabalhadores desempregados garantissem o pão na mesa das famílias”, complementou.
Questionado sobre o motivo de não ter pedido afastamento da Câmara Municipal, assim como o pré-candidato Fanganiello, Júnior Vaz afirma que a decisão é pessoal.
De acordo com o vereador, a lei não exige que ele se afaste do cargo. Além disso, argumentou que consegue conciliar a ocupação legislativa com a campanha política.
“Por amar essa cidade, eu não estou deixando de ser vereador. Me sinto nessa responsabilidade de permanecer na Câmara, conduzindo os trabalhos, pois ‘estou presidente’ e não poderia largar o cargo neste momento”, declarou.
“Não esperava ser político, mas tudo foi acontecendo naturalmente, pois isso está correndo no sangue. Meu pai é meu maior influenciador e batalho para não desapontar a ele, a minha família e nem a população tatuiana”, disse, lembrando que o pai também já atuou na política.
Júnior Vaz afirma que não seria um candidato que “cairia de paraquedas” na Assembleia Legislativa. Segundo ele, os mandatos locais que já conquistou seriam uma forma de os eleitores avaliarem a capacidade dele.
“Sou tatuiano… filho, neto, bisneto e tataraneto de tatuianos, além dos meus filhos, que nasceram aqui. Isso mostra que tenho raiz na cidade e representar Tatuí na Assembleia Legislativa seria uma ótima missão”, declarou.
“Sinto que podemos ir mais longe, tanto na saúde, na justiça social e em outras áreas, e que estou preparado para ser deputado estadual por Tatuí”, finalizou.