
A Prefeitura realiza na noite desta segunda-feira, 29, audiência pública para discussão das obras da avenida Vice-Prefeito Pompeo Reali, na vila São Cristóvão.
O evento está programado para as 18h30, no número 685 da via (prédio da Itauto Veículos) e deve resultar em uma saída menos “traumática” e jurídica para a atual administração sobre o impasse da conclusão da revitalização.
O Executivo quer o aval dos moradores e comerciantes estabelecidos na região para decidir o que fazer com o convênio com o governo do Estado de São Paulo – ainda não encerrado. A atual administração apurou que o acordo firmado em junho de 2015 não terminou por falta de conclusão do trabalho.
Anunciado em setembro de 2013, o projeto de recuperação da avenida previa restauração da pavimentação, melhorias nas calçadas, na iluminação e a instalação de lombofaixas. No entanto, apenas a revitalização da via e a criação de um canteiro central, apelidado de “churrasqueira”, foram iniciadas.
Dos R$ 863.025,48, incluindo contrapartida municipal, restariam mais de R$ 300 mil para serem aplicados. A atual administração verificou que o dinheiro só poderá ser utilizado na conclusão da revitalização. Mais especificamente, na iluminação e implantação das chamadas faixas elevadas (lombofaixas).
O impasse é que o Executivo não poderia devolver o valor dessa sobra ao Estado. Também teria de usar, obrigatoriamente, uma parte dele na pintura da “churrasqueira”, foco de abaixo-assinado produzido por empresários e habitantes da região.
Em março deste ano, o secretário municipal do Governo, Luiz Gonzaga Vieira de Camargo, informou que a comunidade do entorno da avenida mobilizou-se, em pedido, para a demolição do canteiro central.
Além da aparência (que se assemelharia a uma churrasqueira), eles questionaram a segurança do dispositivo. O argumento é que a obra não é dotada de sistema de microdrenagem para escoamento de água de chuva.
Como há uma “vedação”, por conta do uso de tijolo na construção, o canteiro aumenta o nível da precipitação do espaço, ocasionando o efeito chamado aquaplanagem, quando os veículos deslizam sobre a água por conta de os pneus perderem a aderência no asfalto.
Na reunião, a equipe deve apresentar a situação aos moradores e comerciantes e documentar a opinião deles quanto à conclusão, ou não, da obra.