Policiais rodoviários presos em Tatuí por desvio de 24,3 quilos de maconha

Ação foi realizada pela Força de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais

Ação apreende 788 quilos de drogas na Castello Branco (foto: Divulgação)
Da redação

Dois policiais rodoviários foram presos em Tatuí, na tarde de segunda-feira, 3, acusados de crime militar por envolvimento com o tráfico de drogas.

De acordo com a Polícia Federal, inicialmente, eles foram solicitados para o atendimento de uma “ocorrência comum”, no quilômetro 132 da rodovia Castello Branco, envolvendo a apreensão de uma grande quantidade de drogas.

A ação que desencadeou a apreensão foi realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (Ficco/MG), com apoio da PF e Polícia Militar Rodoviária.

O motorista de uma van, que estava identificada com adesivo dos Correios, foi preso por transportar mais de 788 quilos de drogas. Detido por tráfico internacional, o motorista confessou, durante o depoimento, que os policiais teriam desviado 24,3 quilos da carga e que a droga estaria escondida em uma área de mata.

Diante do relato, a PF foi até o local junto com outros agentes da PMR, mas não encontrou a droga que teria sido desviada. Entretanto, com ajuda do condutor autuado, os agentes localizaram um fardo azul, identificado como “maconha”.

Em razão de ser um possível crime militar, o 5° Batalhão de Polícia Rodoviária (5BPRV) foi acionado, assim como a Corregedoria. Os dois policiais rodoviários foram autuados em flagrante e presos.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que “a Polícia Militar instaurou um processo regular que pode resultar na expulsão dos policiais”. “A Polícia Militar não compactua com o desvio de conduta e atua rigorosamente para que casos semelhantes não ocorram”, consta na informação. Eles foram levados para o presídio militar Romão Gomes, em São Paulo.

Em nota, os Correios afirmaram que “não havia carga postal sendo transportada no momento da apreensão, e que o veículo e o motorista estão vinculados a uma empresa terceirizada que presta serviços à estatal”. O documento ainda reforça que a empresa foi notificada e o funcionário terceirizado será desligado das atividades.