Pluviômetro aponta quase um mês sem chuvas no municí­pio





Tatuí está há quase um mês sem chuvas, conforme dados registrados no Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). O município não tem precipitações desde o dia 28 do mês passado. Até a tarde de ontem, terça-feira, 19, a estiagem somava 23 dias consecutivos.

As medições constam no pluviômetro automático e são lançadas no “mapa interativo” do centro diariamente. Os dados são encaminhados de hora em hora.

O Cemaden mantém pluviômetros automáticos e semiautomáticos. Os aparelhos são viabilizados por meio de projeto que tem como objetivo ampliar a rede de monitoramento de chuvas no Brasil. A meta é melhorar a previsão de desastres naturais e, com isso, reduzir danos socioeconômicos e ambientais.

Em geral, os equipamentos automáticos são instalados em locais próximos a áreas de risco de desastres naturais. Em Tatuí, o pluviômetro está instalado no centro, sendo monitorado em parceria com a Defesa Civil.

O pluviômetro é um aparelho meteorológico usado para recolher e medir, em milímetros, a quantidade de chuva durante um determinado tempo e local. Os equipamentos instalados pelo enviam os dados de forma automática e não necessitam de energia elétrica para funcionar.

Como a função do equipamento é coletar e medir a chuva, é necessário que seja instalado em locais descobertos, onde não haja obstáculos (árvores, prédios altos, entre outros) que possam interferir na quantidade de chuva captada.

Em Tatuí, a intensidade das chuvas começou a diminuir em março. Em todo o mês passado, o Cemadem registrou 141,8 milímetros de precipitações. O total compreende chuvas que caíram em 17 dias. O maior volume foi registrado à meia-noite do dia 22 de março, com 10,8 milímetros.

As chuvas caíram com mais intensidade em janeiro deste ano, quando o pluviômetro contabilizou 252,6 milímetros em 30 dias. As precipitações ocorreram, em boa parte do mês, nos períodos da manhã e noite, com o “pico” na tarde do dia 27. Na data, às 15h50, choveram 9 milímetros.

Em fevereiro, o volume de chuvas caiu em comparação a janeiro, mas sendo superior a março. Nesse mês, o volume de precipitações chegou a 146,4 milímetros.

Por conta das chuvas, o município teve pontos de alagamentos e enchentes. O nível do rio Sorocaba, por exemplo, que se encontra com o rio Tatuí no distrito de Americana, subiu 8,2 metros acima do normal. A cheia fez com que famílias ribeirinhas precisassem deixar os imóveis por conta de “inundação generalizada”.

Ainda em janeiro, Tatuí entrou em estado de atenção e somou 83 famílias desalojadas e duas desabrigadas, sendo dez residentes no Jardim Thomaz Guedes e duas no Mirandas. O rio Sorocaba voltou ao nível normal no início de fevereiro.