Pequena Júlia teve o transplante de medula alterado para mês que vem

A pequena Júlia Abrame de Oliveira, de seis anos, deverá ser submetida a transplante de medula óssea em janeiro. O procedimento, que era aguardado para este mês, precisou ser remanejado em função de a família conseguir atendimento via convênio.

A mãe da menina, Adriana Cristina Delaroli Abrame de Oliveira, explicou que Júlia seria submetida à cirurgia, inicialmente, pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Entretanto, a família recebeu autorização do convênio particular para realizar a operação. “O prazo de carência venceu, e nós pudemos utilizar o plano”, contou.

Como decidiram que a cirurgia seria coberta pelo convênio, Adriana disse que a família precisou refazer os papéis, para que o pedido pudesse ser protocolado. A partir da mudança, a menina também conseguiu o direito de receber medicação importada.

Júlia aguarda a vinda de um remédio que substituirá a quimioterapia, à qual ela é submetida. A menina toma regularmente medicações e está na chamada “fase de manutenção”, em que precisa continuar sendo medicada contra a leucemia. Ela foi diagnosticada com a doença quando tinha dois anos.

De acordo com a mãe, a equipe médica acredita que não terá tempo hábil para realizar o procedimento em dezembro, como havia sido previsto. Antes da cirurgia, Júlia precisa do medicamento, que é importado e só deve chegar no início de janeiro.

Adriana esclareceu que a medicação substitui a radioterapia. “Tem o mesmo efeito que o procedimento que seria feito com ela, se ela continuasse a ser atendida pelo SUS. Além de ser menos agressivo para o organismo dela, o remédio penetra melhor no sistema nervoso central”, acrescentou.

Por enquanto, Júlia toma medicamentos em casa (comprimido via oral) e vai, uma vez por semana, ao Gpaci (Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil), em Sorocaba. No hospital, ela realiza sessões de quimioterapia.

Na expectativa da operação e preparando-se para o pós-operatório, amigos da família iniciaram campanha para ajudar a menina. A intenção é arrecadar fundos para permitir a reforma da casa onde ela vivia, com os pais e irmã. Os quatro estão, atualmente, vivendo temporariamente em outro imóvel.

“Depois do transplante, é preciso tomar muitos cuidados, porque se trata de um procedimento muito complexo, e qualquer coisa pode oferecer risco”, disse a mãe.

Adriana explicou que, conforme os médicos, a menina não pode ficar exposta a poeira, mofo e bolor. “Acontece que a minha casa tem muitas infiltrações. Até por isso eu saí dela. Estou na residência de um parente, que a cedeu voluntariamente para que a Júlia pudesse se recuperar desde já”, comentou.

A menina tem crise alérgica e, se continuasse na casa, poderia ter complicações. Júlia toma antibióticos para controlar o processo e, na casa onde vivia com os pais, a família notou que os medicamentos não faziam efeito desejado.

Como os pais estão investindo no tratamento, eles não têm condições financeiras para promover a reforma em tempo da realização da operação. Para ajudar a família, uma amiga criou uma campanha na internet. A ação visa arrecadar R$ 60 mil, suficientes para reformar a casa da menina.

Quem quiser colaborar pode acessar o site Vakinha Virtual (https://goo.gl/4aYmBU). A campanha foi iniciada em 23 de novembro e segue até o dia 23 de fevereiro de 2018, tendo atingido, até o dia 7, uma quinta, 3,6% da meta.

É possível contribuir com qualquer valor, bastando informar dados pessoais, como nome completo (que pode ser ocultado), e-mail, data de nascimento, telefone, CPF (cadastro de pessoa física), o valor e escolher o meio de pagamento. As doações podem ser pagas via boleto ou cartão de crédito.

No dia 25 de novembro, professores da menina, que lecionam na Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) “Eugênio Santos”, promoveram a venda de espetinhos de morango com chocolate. Os docentes montaram uma barraca, na Praça da Matriz, que funcionou das 9h às 16h.

Com a iniciativa, estendida no período da noite do mesmo dia para a praça Antônio Prado (Concha Acústica), os professores conseguiram arrecadar cerca de R$ 2.000.