Da redação
A Polícia Civil encontrou na manhã de segunda-feira, 18, uma ossada que pode ser do investigador da Polícia Civil Rodrigo de Campos Pereira, 35, que está desaparecido desde 11 de fevereiro de 2019.
Conforme a PC, a probabilidade de que o corpo seja do policial é de 90%. Junto com o material humano, foram encontrados documentos pessoais e uma carteira funcional da Polícia Civil em nome do investigador.
O material humano estava em uma trilha na área rural, próxima à empresa Gralha Azul, região do Jardim Lírio. As buscas foram efetuadas depois que a PC encontrou uma moto queimada (uma Harley Davidson, cor prata, placa DUV 4910), na tarde de domingo, 17.
Um homem acionou a Polícia Militar depois de ter passado pela trilha e visto a moto queimada. A investigação trabalha com a hipótese de que a moto tenha sido descartada no local nesta semana.
À PC, o homem que encontrou o veículo teria dito que passara pela mesma trilha na semana passada e a moto não estava lá.
Uma equipe do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Delegacia Central esteve no local no domingo à tarde e constatou, pelas informações do veículo, que a moto pertencia ao investigador da Polícia Civil.
Na manhã de segunda-feira, 18, com apoio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga, os policiais voltaram ao local e localizaram a ossada junto aos documentos pessoais da vítima.
Uma equipe de perícia foi acionada e coletou amostras para a realização dos exames, especialmente os referentes ao confronto genético (DNA), para que possa ter certeza sobre a identidade da vítima.
Ainda segundo a PC, no mesmo local, foram encontradas cápsulas referentes a disparos de arma de fogo, também apreendidas pelos representantes do IC.
Pereira morava em Tatuí e atuava em Capela do Alto. A família relatou em boletim de ocorrência que, no dia do desaparecimento, o investigador saíra de casa com a motocicleta para levar a namorada até Capela do Alto, onde ela também trabalhava, como escrivã.
Ainda segundo a família, por volta das 11h daquele dia, o policial, que estava de férias, teria informado que ia almoçar com um colega de trabalho e, na sequência, iria para Boituva resolver problemas bancários e visitar o filho, que mora na cidade. Desde então, ele está desaparecido.
O caso passou a ser investigado em sigilo na região de Itapetininga. O delegado responsável pelo caso na DIG de Itapetininga, Agnaldo Nogueira Ramos, informou que foram recebidas diversas denúncias e que todas elas vêm sendo averiguadas pela equipe de investigação.
Investigações apontam que Pereira foi visto pela última vez em uma agência bancária de Boituva, por volta das 13h46. Uma equipe de mergulhadores do Corpo de Bombeiros de Itu e cães farejadores da corporação chegaram a realizar buscas em um lago de Boituva, após denúncias, mas não havia sinal da passagem do investigador pelo local.