Da reportagem
Em sessão ordinária da Câmara Municipal, na noite de segunda-feira, 26 de abril, os parlamentares aprovaram o pedido do vereador Maurício Couto (PSDB) que solicita apoio psicológico aos profissionais da área de saúde que atuam na “linha de frente” do combate à Covid-19.
Pelo requerimento 1.233/21, Couto – que atua na área da Saúde como enfermeiro – pede que a prefeitura informe a possibilidade de disponibilizar profissionais de saúde mental para acompanhar os servidores de unidades de saúde do município.
O vereador afirma ter conversado com alguns desses profissionais, os quais relataram estar “esgotados mentalmente” e que haviam desenvolvido problemas psicológicos, como ansiedade e depressão.
“O atendimento psicológico será fundamental na recuperação de todos os trabalhadores da área da Saúde”, acrescenta a justificativa do requerimento.
Na tribuna, Couto reforçou a necessidade de psicólogos para atender aos profissionais da Santa Casa de Misericórdia, de UBSs (unidades básicas de saúde) e da ESFs (Estratégia Saúde da Família).
O parlamentar argumentou que grande parcela dos servidores da Saúde, durante o enfrentamento à pandemia, tem sido afetada por conviver com perdas de pacientes, familiares e amigos.
“Muitos profissionais precisam ter alguém para ouvi-los, necessitam de um profissional (psicólogo) para cuidar deles de uma forma contínua”, destacou Couto.
“Só quem está vivendo o que eles estão enfrentando sabe a real necessidade de desabafar. Eles veem percas ‘24 horas’, chegam na casa e não ‘desligam’”, complementou o vereador Cláudio dos Santos (PSL).
Autor dos requerimentos 1.097 e 1.098/21, José Eduardo Morais Perbelini (Republicanos) sugeriu que as informações publicadas nos canais oficiais de comunicação da prefeitura na internet sejam comunicadas em painéis na UPA (unidade de pronto-atendimento) e no Cemem (Centro Municipal de Especialidades Médica) “Dr. Jamil Sallum”.
Devido ao volume de pessoas nos locais, o vereador recomenda que o Poder Executivo possa informá-las sobre: os boletins informativos da Covid-19 e da dengue; o número de doses aplicadas e a idade dos moradores que serão imunizados, tanto contra o novo coronavírus quanto ao Influenza; e os locais que receberão a nebulização “pesada” e a operação “Cata-Treco”.
De acordo com a justificativa da matéria, muitas das pessoas aguardando atendimento médico na UPA e no Cemem não têm o costume de verificar essas informações divulgadas pela prefeitura na internet.
Desta forma, segundo o requerimento, esses munícipes podem saber quando levar os filhos para receberem a vacina contra a gripe ou o dia em que devem colocar os entulhos acumulados nas casas para serem recolhidos, por exemplo.
“Os informativos ajudarão os munícipes a estarem mais informados, e, assim, poderão se programar e entender mais sobre tudo que está acontecendo na cidade”, completa a justificativa do documento, protocolado por Perbelini.
Presidente da Casa de Leis, Antonio Marcos de Abreu (PSDB) questionou, a partir do requerimento 1.100/21, quais medidas estão sendo tomadas pela prefeitura em relação à DRS (Divisão Regional de Saúde) de Sorocaba sobre a falta de medicamentos a pacientes do município.
Conforme Abreu, a DRS não tem enviado integralmente os remédios aos pacientes tatuianos que possuem ordem judicial para compra exclusiva a ser realizada pelo estado.
Segundo o vereador, “a prefeitura tem cumprido a parte dela, diferentemente do governo estadual”.
“O departamento jurídico deve verificar quais providências podem ser tomadas, pois os pacientes estão ficando sem medicação, e a prefeitura que está ficando como a culpada da situação”, declarou Abreu.
Eduardo Dade Sallum (PT) afirmou, durante período de discussão de matérias na tribuna, que a prefeitura tem de promover ações para orientação de munícipes em situação de vulnerabilidade social quanto ao procedimento de cadastro e recebimento do auxílio emergencial.
De acordo com o parlamentar, há “mal-intencionados” cobrando de pessoas para acessarem o benefício cedido pelo governo federal a elas.
“A prefeitura tem de disponibilizar, para as pessoas mais humildes, uma consultoria gratuita para que elas não sejam vítimas de charlatões e atravessadores”, reforçou Sallum.
A partir de requerimentos específicos, Fábio Antônio Villa Nova (PP) questionou se a prefeitura planeja realizar a ligação de água em imóveis no bairro Mirandas, através do Programa Água Legal, enquanto Márcio Antônio de Camargo (PSDB) perguntou se há estudos para a instalação de uma creche para idosos no município e de uma casa lotérica no Jardim Santa Rita de Cássia.
Após 14 dias, os vereadores retornaram ao plenário da Casa de Leis, depois de terem sido dispensados da sessão ordinária da semana passada, que aconteceria na noite de segunda-feira, 19 de abril.
O encontro foi cancelado após o falecimento de Hélio dos Santos, pai do parlamentar Cláudio dos Santos (PSL), horas antes.
Diante disso, apesar de alguns documentos terem sido retirados pelos autores, a maior parte das indicações, requerimentos e moções votada nesta sessão ordinária havia sido protocolada para a semana anterior.