Da redação
O Aeroclube de Tatuí pode ser responsável pela quebra do recorde brasileiro de salto de paraquedas com maior número de pessoas. O evento está previsto para acontecer entre os dias 8 e 12 de agosto, em comemoração ao aniversário da cidade.
O feito busca ser realizado entre as escolas de paraquedismo Skydive4Fun, de Piracicaba, Skydive Cerrado, de Anápolis (GO), e a Confederação Brasileira de Paraquedismo, CTR Big Way Team, de Boituva.
O voo com nove aeronaves em ala para salto com 108 paraquedistas, segundo a organização, “não será uma tarefa fácil” e demandará infraestrutura, tanto interna quanto externa, por parte das empresas envolvidas para a realização das atividades de treinamento até o dia do evento.
Segundo o diretor-geral da operação aérea da Skydive4Fun, Thiago Alan Satiro, os preparativos para uma atividade dessa complexidade “não podem ser feitos ao acaso”, exigindo um planejamento meticuloso desde o início dos treinamentos.
“É por isso que toda a organização começou em setembro do ano passado. Esse longo período de planejamento foi essencial para lidar com a magnitude do evento”, comentou.
Operações aéreas
Na segunda-feira da semana passada, 6, os dez pilotos envolvidos na atividade se reuniram, em Boituva, para uma espécie de preparação, a qual envolveu logística e treinamento para o recorde.
Na terça-feira, 7, os tripulantes embarcaram em duas aeronaves Cessna 208 Caravan (de matrículas PT-OGF e PT-OPA) para realizar exercício de aprimoramento de desempenho, conhecido como “nivelamento”.
Conforme explicou Satiro, os voos visaram aperfeiçoar a proficiência dos pilotos e garantir que estejam totalmente preparados e alinhados para lidar com a complexidade das operações conjuntas. Ele ressaltou que todos já possuem habilitação e experiência em navegação conjunta com outras aeronaves.
Os aeroplanos decolaram de Boituva rumo ao Aeroclube de Tatuí. Os tripulantes revezaram as posições de voo, em aproximadamente 30 minutos de navegação em ala, para refinamento da capacidade dos paraquedistas.
Satiro comentou que os desafios que englobam a realização da quebra de recorde vão além do acionamento das aeronaves e lançamentos de todos os paraquedistas.
Toda a organização, segundo ele, já ocorre há pelo menos oito meses e conta com planejamentos e uma série de reuniões para que ocorra conforme previsto.
De acordo com Satiro, o maior desafio para a quebra do recorde é o extenso planejamento de toda a atividade, entre o qual, a ordem dos pilotos para cada aeronave, manutenção preventiva e emergencial, órgãos reguladores, prefeitura, infraestrutura, logística, documentação, equipamentos, dobradores de paraquedas, plano de resposta em caso de emergência, bem-estar dos atletas, entre outras certificações necessárias.
“Há muita gente envolvida para a realização da ação. São, tranquilamente, 300 pessoas, se pegar os 130 atletas, mais dez pilotos e 20 dobradores, além da organização do evento, manifesto, pessoal de solo, abastecimento e a equipe do aeroclube”, elencou.
Seleção
Conforme explicou, no paraquedismo, ocorrem os chamados “tryouts”, que são as seletivas para um paraquedista demonstrar as habilidades e capacidades, como, por exemplo, a formação em queda livre.
Nessas seletivas, que já ocorrem desde março deste ano, são escolhidos os melhores atletas do país a compor a grande equipe para a realização da quebra de recorde. O processo deve ocorrer até junho, totalizando três “tryouts”.
Recorde
Para a quebra do recorde, em ala, as nove aeronaves – sendo sete da Skydive4Fun e dois da Skydive Cerrado -deverão lançar 108 atletas, mais os paraquedistas que registrarão imagens de toda a atividade durante a queda, em uma formação e desenho específicos para a efetivação do recorde brasileiro na modalidade de formação em queda livre (FQL).