A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura!
O Dia de Finados
(A viagem de trem e as estações da vida)
O texto a seguir, bem relata nossa passagem pela Terra. Como neste sábado foi o Dia de Finados, vamos refletir como se estivéssemos numa “viagem de trem”, em cujas paradas nas estações da vida, nós estivéssemos sempre observando atentamente, o que se passa em nossa volta.
A vida não passa de uma viagem de trem, cheia de paradas, com acidentes e surpresas, algumas agradáveis em determinados embarques e grandes tristezas em outros, especialmente nos desembarques, durante todo o trajeto.
Quando nascemos, entramos compulsoriamente nesse trem e nos deparamos com pessoas que, ao nosso julgamento, estarão sempre conosco. Nos referimos aqui aos nossos pais, mas, infelizmente, isso não é verdadeiro.
Em determinada estação, antes que chegue nosso destino, eles desembarcarão e nos deixarão continuar, acompanhados de outros passageiros, ficando aqueles bancos vazios, cujos ocupantes, insubstituíveis, não mais nos deixarão. Mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes tomem o trem e venham a compor o nosso mundo.
Entre os que embarcaram estão nossos irmãos, filhos, amigos, pessoas maravilhosas e inúmeros desconhecidos. Alguns tomam esse trem apenas a passeio, enquanto outros circularão pelo trem prontos a ajudar a quem precisa, sem que algum vínculo se estabeleça conosco.
Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros, quando desocupam seu assento, ninguém lhes percebe a ausência.
Esta é a nossa viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas, lágrimas. Mas, jamais haverá retornos.
Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que houver de melhor para ser apreciado, lembrando-nos sempre, que em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e necessitarão do nosso entendimento, porque nós, igualmente, nos momentos de dificuldade, precisaremos de entendimento e apoio.
Afinal, o grande mistério é que não nos será dado a conhecer antecipadamente o momento de nosso desembarque ou daqueles que se sentam ao nosso lado ou mesmo dos nossos demais companheiros, amigos, parentes…
Ficamos imaginando se, quando viermos a descer desse trem, sentiremos e deixaremos saudade. Acreditamos que sim. Deixaremos nesse comboio toda uma multidão de pessoas que participaram de nossa vida.
Nos agarramos na esperança de que, em algum momento, estaremos na estação principal com grande emoção de vê-los chegar, um a um, com uma bagagem que não tinham quando embarcaram.
Além da felicidade do reencontro, outro ponto que nos dará alegria será o fato de que, certamente, colaboramos para que essa bagagem tenha crescido e se tornada valiosa. Façamos com que nossa estada nesse trem, seja tranquila que tenha valido a pena. E que, quando chegar à hora do desembarque, nosso lugar vazio traga saudade e boas recordações para aqueles que prosseguirem.
A vida!
A Vida me ensinou a compreender as pessoas, pois uma pessoa é diferente da outra. A Vida me ensinou a respeitar os animais, eles fazem parte da nossa vida.
A Vida me ensinou que muitas vezes amamos e não somos amados na mesma proporção, mas amar sempre vale a pena. A Vida me ensinou a cuidar da flor, ela é sensível e enfeita o mundo muitas vezes cruel.
A Vida me ensinou a estender a mão a quem precisa, embora seja um inimigo. A Vida me ensinou a sorrir, embora esteja com lágrimas nos olhos, o outro pode estar mais triste do que eu. A Vida me ensinou que o sofrimento nos faz mais fortes e assim compreender melhor o outro.
A Vida me ensinou que de cada pedra encontrada no caminho, se faça uma escadaria para se chegar ao topo de mais uma realização.
A Vida me ensinou que a beleza está no coração e não na aparência. A Vida me ensinou a compreender os infelizes que não conhecem e nem sabem o que é o amor.
A Vida me ensinou a perdoar aqueles que não são amigos, pois não sabem o significado de amizade. A Vida me ensinou que a solidão é bom para refletir. A Vida me ensinou que a essência da vida é o amor.